Reservados os direitos de autor.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Memórias


















Por vezes não podemos dizer,
o que pensamos ou queremos.
Outras não dizemos o que sentimos.
Mas felizmente podemos fazer,
para não esquecer memórias.
Desde que elas não nos façam sofrer.

Já me roubaram o sorriso!
Roubaram-me a alegria...
Levaram-me a esperança.
Roubaram-me beijos e riso!
Fizeram do meu mundo fantasia,
do momento ficou lembrança.

Já me roubaram memórias!
Mas não me roubam certamente,
a vontade de amar alguém.
Não roubarão as minhas histórias.
Pois essas guardo-as prosperamente!
Onde não poderá chegar ninguém.

Podemos esquecer um olhar!
Podemos esquecer nossa loucura.
Ou mesmo desejos sonhados.
Nunca esquecerei como te vou amar.
Nunca esquecerei a formosura,
dos lábios tocados e beijados.


Poema inspirado na música: (Nunca te olvidaré)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Esperança da terra e do Homem!














Corro por campos e searas...
Terrenos planos, vales e montes.
Procurando nas noites escuras ou claras,
a esperança que nasce nas fontes.

Correndo tropeço num torrão,
que me espalha na terra seca.
Terra com sede da água do Verão.
Onde a esperança da chuva se hipoteca.

Esperança de compreender e entender,
o porquê da vida ser injusta.
Ser cheia de beleza e passar a correr,
de uma forma que até assusta.

Esperança na semente que cai,
na terra seca que a brote e floresça.
Esperança da mãe ou do pai,
que seu filho não desmereça.

No fundo a esperança é somente,
a semente, a água e o terreno da vida.
Onde louco é aquele que consente
uma vida sem esperança e a faz divertida.




terça-feira, 23 de agosto de 2011

Julgar é fácil...
















Julgam-me por erros alheios!
condenam-me pelo passado sofrido.
Na sua mente a confusão,
é rainha sem rodeios.
Procuro sentimento absorvido,
pelas palavras do coração.

Não quero ser, nem sou!
Exemplo a seguir ou usar.
Quero apenas ser genuíno,
nas palavras que meu ser entoou.
Para viver sem fracassar,
como vento que roda o moinho.

Entendo que feridas doem...
Levam seu tempo a sarar!
Não compreendo o direito de julgar,
com palavras duras que absorvem.
A alma mais forte de aturar,
ou que a mente fazem deturpar.

Será mais fácil certamente...
passar a culpa ou responsabilidade.
Do que assumir sem culpabilizar.
Eis a diferença que eternamente,
marcará a insanidade...
Do homem forte que se deixa fragilizar.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Viagem nas Estrelas













Sobre o céu estrelado,
pintado pelo amarelo da lua.
Caminho de mãos dadas.
Na areia húmida a teu lado,
meus pés apalpam a água,
da rebentenção das ondas enfeitiçadas.

O fresco da noite de luar,
envolve teu corpo, meu olhar...
Abraçando meu corpo quente,
que responde num gritar,
de emoções sem olhar.
A quem o envolve num gesto absorvente.

As estrelas da noite e do céu quente,
pintadas pelo brilho da lua.
Saciam beijos de lábios escaldantes.
Nos teus lábios um sorriso envolvente,
abraça a noite quente e nua.
Que registas momentos cintilantes.

Com o luar vou-te iluminar...
Com as estrelas vou-te encaminhar...
Com os sonhos vou-te amar...
Nos vértices das estrelas vou-te pendurar,
onde vou prender e conquistar,
teu coração que para sempre vou beijar.

Caminho para a felicidade!














Saberei eu onde quero ir?
Em que mares quero navegar?
Quais os caminhos que fugir,
ou qual o mar onde naufragar?

Saberei eu onde quero viver?
Onde quero sentir a essência,
de um precurso a precorrer!
Ou de uma ida cheia de transparência.

Por vezes os dias escuros,
dizem mais que muitos claros.
Onde espanco as tristezas a murros,
sobre plateias sem preparos.

Beleza ingrata e farta...
Que aconchega o pobre homem.
Que vive uma vida ingrata,
desejando ideias que se somem.

Oh vida que me troca o destino,
que me baralha os trilhos.
Onde sou homem e menino,
fogo, chama e polvora sem rastilhos.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Canto de êxedra


















Regresso do retiro espiritual,
com certezas nas mensagens.
Regresso com ideias por desigual,
como rio que sai das margens.

Breves dias, longos pensamentos...
Grandes reencontros de desencontros.
Vividos com certezas de momentos,
numa vida de recontros.

Por vezes encontramos o significado,
do injustificável passado.
Nas palavras do indignado.
Mesmo que o conselho não seja abraçado.

Sinto que lavei a alma...
Nas águas dos rios formados,
pelas lágrimas que escorrem na palma,
da mão, entre dedos entrelaçados.

Como calceteiro que talha a pedra!
Como escultor que molda o barro!
Sento todos no canto de êxedra,
para me julgarem naquilo que narro.

Planto flores na terra dos sonhos



















Quando te sinto a meu lado...
È como, que se, uma magia,
invadisse o meu olhar.
Como se meu coração fechado,
encontrasse a chave da fantasia.
Renascendo nele a vontade de amar.

O tempo voa, como cavalo,
que galopa na areia da praia.
Tudo volta a fazer sentido.
O tempo sem intervalo,
não cansa a menina da saia,
que dança no tempo perdido.

Nas curvas do teu cabelo,
passeio meus pensamentos.
No brilho dos teus olhos,
mergulho com o aroma do belo.
Com a esperança que sentimentos,
nasçam em grandes molhes.

Quando te sinto a meu lado...
Troco as cores das flores,
que pintam os jardins coloridos.
Quando me sinto apaixonado...
Com as nuvens pinto amores
que os tempos me têm oferecido.