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domingo, 19 de fevereiro de 2012
Tarde no Mar
À minha frente o azul profundo!
As ondas que baloiçam e embalam.
As gaivotas que correm o mundo.
Os barcos que abalam.
Uma vaga mais alta e forte,
rebenta com toda a fragilidade.
Apagando teu nome, no vento do norte.
Que tinha escrito na areia, com vaidade.
Que linda tarde aberta sobre o mar!
Vai deitando do céu rosas,
que Neptuno se entretém a desfolhar.
Que linda é a espuma branca!
Que salta, cai e salpica
com memórias da minha infância.
Notas da Vida
Um piano que toca.
Um beijo que se solta.
O vento que rouba,
a melodia louca,
vai levando sem volta.
A paixão da voz rouca.
Voz que canta,
sentimentos de um coração.
Que navega isoladamente,
na brisa que se encanta.
Com gestos de paixão,
gestos que saem fluentemente.
Um piano que toca.
Um beijo que se solta.
Uma lágrima que cai,
que teu rosto sufoca.
Revelando sinais de revolta,
pela paixão que já não sai.
Será o piano, que já não toca!
Serão meus sentimentos,
que partiram com as notas,
do piano que tocou momentos.
Serão sinais de revolta,
ou sentimentos cheios de batota?
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Confesso...
Confesso que há tristeza.
Quando oiço aquela canção!
Que em tempos me dedicaste.
Confesso que a tua delicadeza,
não está esquecida no meu coração.
Com ela recordo o que amaste.
Minha alma pode secar,
com chorar a tua falta.
Meus olhos podem deixar,
de ver a tua ribalta.
Meu coração pode parar...
Meus lábios podem ficar presos,
por teu nome não pronunciar.
Meus sentimentos jamais ficarão ilesos.
Confesso que não te esqueci.
Que não passas um só dia,
sem em meu mundo entrares.
Não sei se adormeci ou morri,
mas sinto uma enorme agonia,
por não, me abraçares.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Amendoeiras em Flor
Branca como a neve de Inverno,
pinta os campos ainda despidos.
Aos poucos vai vestindo a cor,
branca do leite materno.
Vai passeando pelos campos corridos,
dando depois a folha e antes a flor.
São flores e são brancas!
Outrora plantadas por Reis.
Seu passado é antigo e vivido.
Suas pétalas ás abelhas são francas,
dando depois o fruto que colheis,
com trabalho pouco querido.
Nelas crescem as flores sem folhas!
Cresce a esperança do agricultor.
Que espera colher arrobas...
Cresce o desejo de grandes recolhas.
Que do Sol fazem seu esplendor,
esquecendo as Alfarrobas.
O horizonte do Algarve, pintam!
Tingindo sua paisagem linda.
Fazendo do verde o branco,
que vai abafando os troncos que gritam,
pela chuva não vinda.
Num Inverno que foi brando.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Pretérito Imperfeito
Como se o passado, me chamasse...
Tentando me dizer e indicar.
O caminho, como se este me abraçasse.
Tentando indicar como te acariciar.
Perdi-me no passado,
que me envolveu e fez sonhar.
Agarro-me desesperado,
à ideia de te encontrar.
Quero, preciso e vou-te abraçar.
Vou beijar novamente,
teus lábios e neles divagar.
Com o passado e futuro envolvente.
Nas rimas de ontem, vou escrever.
A mágoa que não vivi.
Nos versos de hoje, vou viver,
os dias que por ti sofri.
Gaveta das Recordações
Na gaveta das recordações,
procuro um olhar teu.
Remexo e revolto o passado,
procurando encontrar emoções.
Num mundo que já foi meu,
agora é apenas relembrado.
Relembro dias de pasmaceira,
outros de momentos a dois.
Muitos outros de felicidade,
procurando justificação para asneiras,
que partilhámos entre sois.
Num mar de simplicidade.
Na gaveta das recordações,
encontro lágrimas de saudade.
Que escorrem sem pena ou dó,
pelos rostos e pelos corações.
Que agora vivem na igualdade,
fazendo do amor, simples pó.
Lágrimas que caem e escorrem.
Sem nunca antes terem pensado,
na razão que o amor as dividiu.
Gotas de suor da alma, escorrem...
Deixando o destino cansado,
de um dia que nos uniu.
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