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sábado, 30 de junho de 2012
Jardim de flores secas
Tenho um jardim de flores secas.
Que insistem brotar.
Como livros de bibliotecas,
que se acumulam por arrumar.
Esse jardim, de flores secas!
Que rego com meus olhos a chorar.
Faz-me perder as sonecas,
do Verão por chegar.
Nesse jardim, que já não rego.
Embora os canteiros das recordações,
brotem polens que carrego.
O sol, não seca as emoções.
Emoções que são ervas daninhas!
Recordações que são feno seco.
Ervas essas, que não escondem as minhas,
palavras, o meu grito ou eco.
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