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sábado, 2 de julho de 2011

Sentado na Escada





Sentado na escada, espero!
Um sinal de quem perdi.
Tiro do bolso o bloco que esmero.
onde esboço quem nao esqueci.

Com os traços do arrependimento,
traço teu perfil e teu sorriso.
No meu bloco, anoto o sentimento,
com letras que no caderno aliso.

Sentado no sofá da tristeza,
encosto a cabeça na almofada,
do sofrimento sem fraqueza.
Tentando não sentir a lufada.

Lufada de alegria e sonho,
que me faz sorrir e chorar.
Onde o vento e o ar tristonho,
me levam a sonhar sem acordar.

Talvez navegue na incerteza,
de nunca ter conseguido acordar.
Ou mesmo de nunca ter sentido,
a beleza do teu olhar.

Sentado na escada da entrada,
espero receber um toque ou olhar.
Quem sabe mesmo uma bofetada,
sem dor, sem toque mas de rasgar.

Uma lágrima atrevida rasga,
meu rosto, sem dó nem piedade.
Meu pensamento divaga e alarga,
ironias que não escondo da realidade.

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