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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Adeus para sempre...





Vou escrever para ti, o mais lindo!
A mais bela, das poesias existentes.
As palavras mais doces...
O meu coração irá fluindo,
todos os dias e para sempre,
o sentimento de sabor agri-doce.

Foste história, livro e memória.
Sempre te idolatrei como rei.
Mostraste-te-me o que é o amor.
Fizeste e marcaste minha história.
Contigo e por ti, sonhei...
Mesmo em noites de dor.

Já sinto saudades das tuas mãos,
calejadas pelo tempo.
Magoadas pelo trabalho.
Sinto saudades dos teus irmãos,
que me ensinaste a amar, atento.
Sinto saudades do teu atalho!

Caminharás a meu lado,
de mãos dadas comigo.
Estarás sempre na posição superior.
Sempre que seguir errado,
no caminho que prossigo.
Serás sempre meu astro mor.

Dedicado ao meu adorável Avô, que partiu hoje 24/01/2012

domingo, 22 de janeiro de 2012

Meu Quarto














Neste quarto, cheio de solidão,
procuro na folha de papel.
Uma forma de encher meu coração.
Uma forma de desenhar a pincel.

Solta-se a voz e o respirar...
Abre-se o acreditar e a esperança.
Abandona-me o meu olhar,
deixa-me para lá de mim, a confiança.

Neste quarto, pintado de tristeza.
Desenho nas suas paredes,
com tons e traços de frieza.
Pensamentos que já não entendes.

Podes ver chorar, no meu peito!
As lágrimas na face a caírem.
Neste quarto onde me deito,
escrevo sentimentos a partirem.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Quero Sonhar.




Sou Sol, lua e astro.
Sou gente, pessoa e sentimento.
Gente que pensa ao luar.
Pessoa que não vive de arrasto.
Gente que sofre vivamente,
a distância de um olhar.

Sou Sol, que se confunde no dia.
Sou Luz, que se confunde na noite.
Sou sentimento que escapa da emoção.
Sou sonho, filho da fantasia,
que faz sorrir a Lua que pernoita,
no céu da paixão. 

Se fosse o Sol, brilhava!
Da lua, fazia teu olhar.
Se fosse gente, imaginava,
o que é viajar neste ar.
Que me guia pelo imaginar,
de uma mente, que já não sonhava.

Terei parado de sonhar?
Serão meus sonhos ficção?
Meu olhar, à distancia do acreditar,
procura formas de encontrar.
Respostas para gritos de acção.
Sem nunca esquecer amar.

Quero beijar, como quem brilha.
Quero abraçar a lua...
Que abraça e enfeitiça.
Quero ser mãe e filha.
Ser a roupa da tua pele nua.
Ser a tua areia movediça.



sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Fado da Vida



Será este ar, este cheiro?
Que me faz andar assim!
No tempo que parte pelo mar,
nos dias que vão pelo Janeiro.
Uma lágrima parte de mim.

Nos instantes repetidos pelo tempo,
nas noites em que a noite, não tem fim.
Uma estranha vontade me afronta,
com tempestade este pensamento.
Que há muito, deixou assim...
Verdadeiramente a vontade pronta.

Emociono-me, fico triste.
Canto com a esferográfica,
o fado da escrita.

Meu corpo, foge de mim,
escapa-se entre as sombras.
Escondendo-se no escuro do luar.
Procurando sem fim...
O espaço que assombras,
nesta minha maneira de amar.


Emociono-me, fico triste.
Canto com a esferográfica,
o fado que canta, quando partiste.

Saltando de estrela em estrela!















Passeio, nadando entre as estrelas.
Saltito entre o brilho de cada uma.
Pelo meio vou mergulhando no vazio...
Ai....!As histórias da vida, não vou escondê las.
Vou fugir sim delas, como uma  Puma,
que salta e atravessa o mar bravio.

São histórias e memórias...
Momentos, dias ou horas.
São simples registos de histórias!

Vivendo um momento de ilusão.
Um desejo ardente de ti.
Enterro-me na terra fria.
Que faz vibrar o meu coração,
enterro a vontade, que faz de mim,
viver em perfeita harmonia.

Já não posso viver assim...
Meu mundo lá fora, acordou!
Entendeu que sem ti...
Não faz sentido, um não, ou um sim.
Este pensamento, que me abalroou.
Fez-me sentir fora de mim.


São histórias e memórias...
Momentos, dias ou glórias.
São simples registos de histórias!

Com tanto salto, entre os astros.
Meu ser vai divagando na paixão.
Vou reemergindo da queda fria.
Vou subindo aos mastros,
que viram, norte, sem questão.
Com tudo isto, o preço é Alegria.



domingo, 8 de janeiro de 2012

Avô















Impotente vejo o olhar de tristeza,
vejo um rosto consumido pelo tempo.
Poucas são as palavras, já com clareza.
Poucos ou muitos são os dias de sofrimento.

Dias que contam uma história.
Décadas que espelham a luta.
Momentos já poucos são, com memória.
Mas que marcam sem dúvida absoluta.

Marcam a a vida de duas gerações!
A minha e a dos meus progenitores.
Marca e enche um rio de emoções,
desgastadas pelas rimas dos escritores.

De quem falo, ou escrevo?
Falo do homem mais sábio!
Que conheci, sem saber escrever.
Daquele que fazia contas sem,
os números conhecer.

Cada vez que parto, a certeza é maior!
A angústia de não te voltar a ver,
cresce, e cada vez é pior.
O medo é enorme o que tenho de te perder.

Falo de ti, meu avô!
O homem que me ensinou,
que me deu carinho e abraçou.
O mestre que o campo cultivou.

Para que sintas, que nunca te abandonei! 08/01/2012

Ficção ou realidade!


















Com letras me preenches.
Com palavras me seduzes.
Com teu imaginário sorriso, me enches!
O coração de esperança e luzes.

Luzes que brilham na escuridão.
Sentimentos que florescem na luz.
Assim vai meu coração,
nesta simples odisseia que te seduz.

Ès criação do imaginário,
realidade de uma história.
És a escrita do meu diário,
és a criatividade da minha memória.

Não sei, nem conheço teus traços.
Muito menos teu cheiro ou aroma.
Mas és desejos de amassos,
desejo de sentir teu idioma.