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domingo, 8 de janeiro de 2012

Avô















Impotente vejo o olhar de tristeza,
vejo um rosto consumido pelo tempo.
Poucas são as palavras, já com clareza.
Poucos ou muitos são os dias de sofrimento.

Dias que contam uma história.
Décadas que espelham a luta.
Momentos já poucos são, com memória.
Mas que marcam sem dúvida absoluta.

Marcam a a vida de duas gerações!
A minha e a dos meus progenitores.
Marca e enche um rio de emoções,
desgastadas pelas rimas dos escritores.

De quem falo, ou escrevo?
Falo do homem mais sábio!
Que conheci, sem saber escrever.
Daquele que fazia contas sem,
os números conhecer.

Cada vez que parto, a certeza é maior!
A angústia de não te voltar a ver,
cresce, e cada vez é pior.
O medo é enorme o que tenho de te perder.

Falo de ti, meu avô!
O homem que me ensinou,
que me deu carinho e abraçou.
O mestre que o campo cultivou.

Para que sintas, que nunca te abandonei! 08/01/2012

1 comentário:

  1. O tempo voa realmente! Sei o amor que tinhas pelos teus dois avós que conheci! Acredito que eles estejam num cantinho sereno do céu e sorriem-te muitas vezes. Sempre que te lembrares deles, eles sentirão o teu carinho onde quer que estejam. Acabarás por rever o sorriso deles...Beijo

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