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domingo, 30 de dezembro de 2012

Deixa-me














Deixa-me anotar a mensagem!
Registar a tua sinceridade!
Deixa-me contigo atravessar a margem,
que te leva com cumplicidade.

Permite-me invadir,
a essência dos teus sentimentos.
Deixa-me descobrir,
o que te dizem os momentos.

Deixa-me ouvir certezas,
criar e imaginar.
Sonhos que tive com fraquezas.
Deixa-me contigo, sonhar!

Deixa-me sonhar e acreditar.
Na mensagem que o vento,
desenha no tempo.
Deixa-me sentir que posso amar.

Permite-me que o silêncio,
das tuas palavras esquecidas.
Se façam entendidas.
Neste simples compêndio.

Onde registo, memórias.
Que escrevo a branco.
Em folhas que escrevo histórias,
dum livro que não lanço.




domingo, 23 de dezembro de 2012

No ar lascivo...






















No ar lascivo beijos se vão dando.
Tu por onde passas o ar e o vento,
vais fazendo com brando movimento.
Aquilo que eu vou amando.

Nas palavras que o vento te rouba.
Seguem beijos de paixão.
Que cantam, numa voz rouca,
os sentimentos do teu coração.

Com teus brandos movimentos,
desenhas no céu a ilusão!
Com todos os argumentos,
que fazem viver esta paixão.

No ar lascivo beijos se vão dando.
Tu por onde passas, vais deixando,
sinais que eu vou abrançando.
Com a certeza que te vou amando.


Com teu olhar
















Com o teu olhar,
sonhei e chorei!
Vivi e pensei amar.
Acarinhei e beijei!
Sem nunca acreditar,
que pudesses esquecer
as palavras que te jurei.

Com teu olhar...
Construí sonhos de embalar.
Com teu jeito de acarinhar!
Construí a vontade de sonhar.

Com teu olhar construi a vontade,
e esqueci a saudade.
Nesse mesmo olhar sem frontalidade,
descobri, a tua falsidade.

Com teu olhar me enganaste.
Com a tua frieza me feriste.
Com teu olhar, devastaste,
a esperança que me induziste.

Com o teu olhar...
Simplesmente conseguiste,
escrever o que não dizias.
Com palavras que me prometias.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Passeio pela Música

















Minha mente, viaja,
pelas nas notas que se soltam,
dum piano que toca.
Com o tempo encoraja,
os dedos que se alinham,
nas teclas que o olho foca.

Por entre teclas vai saltando.
Para mundos incertos.
Onde só a certeza de ir tocando,
realiza desejos concretos.

Minha mente caminha.
Pelas pautas que desenham,
estradas sem infinito.
Onde a música se alinha,
e as notas se empenham,
em tocar o escrito.

Por entre teclas vai saltando,
nos poemas que elas gritam.
Onde o som vai tomando,
formas que agitam.

Minha mente passeia.
pela calmaria instalada,
no silêncio que toca.
Passeia pelo som que vagueia,
na sala enfeitada.
Pela melodia que se troca.

Minha mente viaja loucamente.
Sentindo o poder que a música,
exerce sobre si.
Seguindo atentamente,
o que dizem as leis da física.
Sobre piano que toca assim.


Sorrisos












As rajadas do vento forte,
que transportam  teu aroma,
de sul para norte.
Fazem dele meu idioma.

Na brisa que fica.
Apanho sorrisos que o tempo,
não apaga ou modifica.
Com seu poder ou talento.

Com seu talento e manha!
Rouba beijos no ar.
Que guarda e entranha,
nos lábios por beijar.

Nas correntes que sopram.
Escondem-se sorrisos.
Que largaste e fugiram.
pelos campos indecisos.

Sorrisos que regam o campo.
Onde a flor brota.
Sorrisos que estampo,
no coração que se amarrota.

Sorrisos que fazem acordar,
as aves que dormem.
Sorrisos que fazem sonhar,
as águas que correm.

Sorrisos que navegam na corrente.
Sem medo de se perder.
No rio que corre fortemente
e não os deixa morrer.

Sorrisos que levam na mala.
Uma bagagem de esperança.
Sorrisos que lembram que amá-la,
é como a leveza da sua dança.



São Palavras











Palavras que se soltam,
ao sabor das melodias.
Palavras que voam,
pelo ar com as sinfonias.

Palavras que meu coração,
soma e reúne em pensamentos.
Palavras cheias de emoção,
que recordam momentos.

Palavras que te ocultei,
com sentimentos irreais.
Palavras em que não embarquei,
com recheios banais.

Palavras que não ouviste,
nos tempos ideais.
Palavras, que como viste,
não saíam naturais.

Palavras que cantavam,
lindas frases de amor.
Palavras que viajavam,
pelo teu corpo com calor.

Palavras que te defeniam,
com letras e poemas.
Palavras que te ofereciam
incertezas e dilemas.

Com palavras conquistei,
o teu coração e amor.
Com palavras imaginei,
uma vida sem dor.

Com essas mesmas palavras,
terminámos os sonhos.
Que ainda hoje agravas,
com teus desejos medonhos.

Palavras fortes e duras.
Que relatam o passado.
Sem ousadias futuras,
dum sentimento acabado.

Palavras que poderiam,
escrever com nostalgia.
Frases que se destruíram
de toda a morfologia.

Palavras que me fazem chorar.
Quando te escuto a relatar,
histórias que queria abandonar,
mas não consigo deixar de pensar.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Minha Alma Canta











A minha alma canta,
como nunca cantou.
Com suas palavras espanta,
quem diz que nunca amou.

Canta, como nunca cantou,
suas emoções e sentimentos.
Minha alma que encantou,
com palavras sem fingimentos.

Grita agora com força...
Versos que te marcaram.
Canta agora que nem orça,
que desafia mares que a assustaram.

A minha alma traça e canta!
Com pautas, poemas e notas,
escreve com confiança.
Melodias que embalam as gaivotas.

Gaivotas que levam a voz,
da alma que canta.
Que correm rios até a foz,
voando por onde encanta..





Na ponta dos meus dedos!

















Agarro a tua mão com firmeza!
Entrelaço meus dedos nos teus.
Procuro neles a certeza.
De Deuses que são ateus.

Procurando nos dedos a paixão.
Descubro o pólen das flores,
que invade meu coração.
Com todas as tuas cores.

Descubro teus cabelos negros.
Que caiem sobre os ombros,
dissipando todos os segredos.
Que fazem das dúvidas, encontros...

Na ponta dos teus dedos...
Leio sinas e destinos,
que desenham enredos.
Com traços finos.


 





Pensamentos do Mal














Espreitam pela calada,
da noite como fantasmas.
Invadem a vida privada,
com ousadia e palmas.

Aplaudindo em tons festivos,
todos os movimentos inseguros.
Que transmitem alusivos,
estados de espíritos futuros.

Desafiam a estabilidade,
emocional do pensamento racional.
Acusam com certeza e verdade,
a mente que foge e hesita o mal.

Arriscam jogos de pensamentos,
que teimam resultados,
audazes com tormentos.
Resultados simplesmente errados...

Resultados, que mentes divinas,
receiam lutar e confrontar.
Evitando pensamentos traquinas,
que nos deixam a matutar.

São pensamentos que nos bombardeiam!
Ideias que não admitimos e nos iludem.
Desejos que escondemos e nos odeiam,
com memórias que nos incutem..


Meu cálice




















Misturo paladares e sabores,
tons de tintos e castas.
Acrescento uma pitada de amores,
que contam histórias vastas.

Com rolhas de cortiça!
Faço embarcações que se afundam.
Nos copos que a sede atiça,
escondo mistérios que abundam.

Com as mágoas que afogo,
no cálice que se enche.
Procuro a chama e o fogo.
De uma vida que não me preenche.

Na garrafa que fica vazia!
Envio mensagens de esperança.
Com desejos de alegria,
que esperam a mudança.