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domingo, 3 de fevereiro de 2013
Beira-rio
À beira-rio passeiam,
casais, crianças e solitários.
À beira-rio divagueiam,
com conversas e comentários.
Uns procuram sol,
outros a calmaria ou o sossego.
Alguns a luz do farol.
Como resposta ao desassossego.
É à beira-rio que correm,
andam, caminham e namoram.
Na esperança que a margem que precorrem,
lhes devolva o que ignoram.
É nas margens que passeiam.
É delas que saltam e mergulham.
Em pensamentos que anseiam,
por respostas que nao encontram.
Brisas
O sol que reflete,
nas águas frias,
do rio por onde passeias.
Aquece a tua alma,
com brisas que te esbofeteiam.
Brisas que levam a saudade!
Fazendo cair a lágrima,
que corre de verdade.
No azul turvo de emoções.
Onde as gaivotas pescam.
Mergulhas nas sensações,
que já não se contestam.
Brisas que levam a saudade!
Fazendo cair a lágrima,
que corre de verdade.
Seguem sonhos de menina.
Que outrora foram fantasia.
Sonhos de quando era pequenina.
E ainda acreditava na magia.
Desafios do Olhar
Meus olhos desafiam...
Teus lábios de mel.
Com aromas que arrepiam.
Criança no carrocel.
Meus olhos gritam...
Por teus doces beijos.
Que apelam e agitam.
Por teu corpo e seios.
Meus olhos desafiam...
Roubar um sorriso.
Do rosto onde criam,
a esperança que preciso.
Desafiam que teu olhar,
se fixe em mim.
Com essa forma de enfeitiçar,
e todo o seu fernesim.
Meus olhos desejam apenas tocar,
com profundidade teu coraçao.
Desejando apenas acreditar.
Que embarcas na emoção.
Cacilheiro do Tejo
O velho cacilheiro...
Que atravessa o rio
e trás na proa a gaivota.
Vem lotado e cheio,
de sonhos despejados ao desafio.
Por gente que vai e volta.
Com seus tons laranja,
de cor branca.
Vai rasgando a corrente,
que se torna a canja,
duma viagem curta e franca.
Da sua travessia frequente.
O velho cacilheiro...
Que acorda pela madrugada,
e transporta o operário.
Que vem trabalhar o dia inteiro.
Transporta também gente folgada,
que vem sem qualquer horário.
Gente que procura na cidade.
Soluções para os seus problemas.
Gente que ainda acredita,
satisfazer a necessidade.
Resolver seus dilemas,
com um ritmo que se intensifica.
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