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sábado, 8 de outubro de 2011

Refugio




Passo a mão no cabelo.
No rosto molhado pela tristeza,
meus dedos secam lágrimas.
Com frases constituídas sem atropelo,
registo toda a natureza,
dos meus pensamentos e rimas.

No entardecer dos meus dias,
gravo desejos, sonhos e poemas.
Na manhã que acorda triste,
cravo minhas fantasias.
Como quem no peito gruda emblemas,
gritando o tema de que fugiste.

Fujo ao amor ou paixão!
Refugiu-me nos sentimentos,
que meu coração nega esquecer.
Do passado fica a escuridão,
de memórias  e sofrimentos..
Que me tornam forte até enfraquecer.

Grito, corro e salto!
Falo, canto e grito!
Torno a noite no passado,
esperando o dia de assalto.
Como quem no infinito,
espera ver seu coração abraçado.


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