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segunda-feira, 5 de março de 2012

Palavras Mudas













No silêncio das palavras não ditas.
Com frases não constituídas.
Abafo as saudades malditas,
que outrora foram instruídas.

Com um olhar cego!
Com uma visão destruída,
agarro-me com todo o sossego,
à angustia absorvida.

Com palavras não ditas!
Com olhares não registados.
Com elas faço, das eruditas
flores, momentos encantados.

Não quero dizer ou ver.
Vou sim cantar a melodia,
das vozes mudas, sem esconder,
a infelicidade da ousadia.

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