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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Caminhos da Vida

Caminhos estes que sigo,
encruzilhadas estas que cruzo.
Seguirei certo meu destino?
Será esta estrada que prossigo,
o encontro de metas que deduzo.
Ou apenas um erro clandestino.

Errar é humano, é uma lição,
da qual devemos tirar ensinamentos,
para melhorar e aprender.
Seguir o instinto ou o coração,
é caminhar por momentos,
é sentir sem compreender.

Quando caminhamos as estradas
da vida, por vezes perdemo-nos.
Sentimo-nos desamparados.
Quando vivemos experiências  frustradas,
ganhamos forças e erguemo-nos,
como relâmpagos que não podem ser parados.

domingo, 17 de outubro de 2010

Amar



















Tenho sede de amar,
desejo de sentir nos meus
braços um corpo quente.
Que eu possa abraçar,
apertar e sentir seus sonhos,
seu desejo frequente.

Anseio um toque nos lábios,
como abelha anseia flor,
com seu pólen fresco.
Procuro com astrolábios,
a direcção certa, sem dor,
onde encontrar coração pitoresco.

Coração que seja fonte.
Que seja a metamorfose,
de dois corpos unidos.
Coração que seja ponte,
para mente sem neurose,
onde se encontrem amores perdidos.

Amores sem falhas.
Histórias sem fim.
Rimas que terminam sem dor.
Amores que rolam nas palhas,
nas areias e lençóis de cetim.
Amor esse que quero com esplendor.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Criança

Na água do lago cintilante.
No manto verde,
do campo verdejante.
Vejo criança que joga e perde.

O cantar das aves que voam.
A brisa do vento que corta,
fazem sons e ruídos que entoam.
Neste mundo ou jardim sem porta.

Todos este sons,
movimentos ou pensamentos.
Me fazem recordar dons,
que outrora tive por momentos.

Fui criança e brinquei.
Fui pequeno e cresci.
Fui criança e sonhei,
sonhos que hoje esqueci.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

« Amor do Passado »


















Olho para trás e que vejo?
O tempo passado.
Uns lábios que já não beijo,
uma paixão e amor fracassado.

Olho para trás e que cheiro?
Cheiro teu aroma no ar envolvente.
Cheiro movimentos por inteiro,
desta tua passagem deprimente.

Deste asas a uma ave,
ensinaste outras a voar.
Tornaste o áspero suave.
Deixaste-me a planar.

Contigo viajei por terras
desconhecidas e estranhas.
Por ti domestiquei feras,
a ti amei até ás entranhas.

Amei ou pensava amar.
Via ou pensava ver.
Cheirava ou pensava cheirar,
teu coração queria ou pensava ter.

Hoje sei os erros que cometi.
Sei as falhas que tiveste.
Agora sei porque te perdi.
Não entendo porque não me quiseste.

« Pessoas »

Olhares alegres e cintilantes.
Outros tristes e magoados.
Outros ainda distantes.
Outros de solidão afogados.

Faces jovens e interessantes.
Rostos mais velhos ou idosos.
Alguns de olhares brilhantes,
outros com olhares preguiçosos.

Cabelos louros, castanhos,
outros já brancos ou cinzentos.
Sonhos jovens e estranhos,
outros que carregam sofrimentos.

Estas são as pessoas, os seres,
que por aqui vagueiam.
Estes são meus pareceres,
estes são pensamentos que anseiam.

sábado, 9 de outubro de 2010

A Chuva Cai

Olho pela janela,
vejo a noite escura.
A chuva cai silenciosa.
Meu coração iluminado por vela,
escuta a verdade obscura,
nas gotas de água preciosa.

Aos poucos vou ouvindo,
os sussurros do vento.
Vou ouvindo a trovoada,
me dizendo, falando e rindo.
Deste meu tormento,
ou desta visão enevoada.

Como se deuses batessem
com mais força no seu palco.
Um relâmpago rasga o céu.
Mesmo que não me interessem,
as verdades claras como talco.
A noite faz-me reviver apogeu.

Lá fora a chuva acalma.
Aos poucos  a lua regressa.
Em simultâneo, meu coração
volta a bater com mais calma.
Minha mente esquece o que não interessa,
a noite devolve-me a solidão.

O poder de um Momento
















Na empatia de um olhar.
Na troca de uma conversa.
Nas recordações de alguns dias,
fantásticos com esperanças de amar.
Guardo nesta mente perversa,
sintomas de amor e fantasias.

Contigo dividi momentos,
de ti, guardo recordações.
Dias de muita alegria.
Hoje tenho-te nos meus pensamentos.
No meu coração e emoções.
Teu amor de minha mente é cria.

Foram poucos, mas bons...
Não foram os suficientes,
os momentos em conjunto.
Na música ouvi teu tons.
No teu ar respirei inconsciente,
os sinais de amor que junto.

Os teus olhos descrevem,
tristeza e saudade.
Teu corpo inspira carinho.
Meus pensamentos prescrevem,
falta de amor ou felicidade.
Nessa tua vida ou teu ninho.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Dedicado à Raquel

Um dia conheci,
um tipo simpático,
que se tornou meu amigo.
As suas atitudes percebi,
seus gestos de fanático,
avaliei e guardei comigo.

Talvez tivesse tanto,
de fanático quanto eu.
Talvez procurasse um novo mundo.
Mundo este de encanto,
onde facilmente percebeu,
que entrava num buraco sem fundo.

Fomos vivendo e conhecendo.
Nele me fui apoiando,
nas suas convicções e certezas.
Ele foi-me conhecendo e convencendo.
Que a vida se levava brincando.
Mesmo com as nossas fraquezas.

Depois eu parti.
Regressei ás origens .
Ele foi ficando.
Mais tarde senti,
necessidade, dor ou vertigens,
de regressar brincando.

Quando voltei, encontrei
um ser crescido.
Que queria amar.
Queria o que eu imaginei.
Queria ser percebido,
ser ouvido e o mundo abraçar.

Logo entendi que encontrou,
aquilo que procurava.
Encontrou a mulher,
da vida que sonhou,
ou mesmo que amava.

Ao Rui se juntou a Rebeca.
Os dois foram vivendo.
Os dois foram-se amando.
Da fusão nasceu uma boneca,
que aos poucos vai crescendo,
e aos pouco vai andando.

Boneca, princesa ou Raquel.
È esse seu nome.
Seu destino ou certeza.
Criada por amor fiel,
amor que bebe e come,
com carinho e franqueza.

Parabéns no teu primeiro ANIVERSÁRIO.

Memórias de um Amor


Gostava de reviver,
todos os momentos de felicidade,
que dividi com a tua alma.
Queria voltar a ter...
Teus carinhos sem ansiedade,
teus beijos com toda a calma.

Tenho fome do teu olhar.
Sede do teu cheiro
e desejo dos teus carinhos.
No horizonte azul vou recordar.
Todos os momentos, por inteiro.
Todos os momentos que rimos.

Contigo nadei nas nuvens brancas.
Contigo viajei nas noites de luar.
Contigo cheirei as estrelas.
Contigo divido histórias francas,
histórias lindas de embalar.
As quais hoje escrevo, para não perde-las.

És fonte de rio que chega ao mar.
És luz num túnel sem fim.
Es o sorriso e a alegria.
Foste quem me fez amar.
Foste a flor e o cheiro a jasmim.
Hoje és pura recordação e fantasia.













quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Infância











Ontem era uma falsidade,
hoje tento ser eu.
Em tempos passados sofri.
Mesmo sabendo que existia felicidade,
que o escuro não era breu,
muito menos a vida que perdi.



Não quero olhar o passado,
quero erguer a cabeça,
e ver o futuro ou mesmo o presente.
Não penso em destino traçado,
ou muito menos nesta peça
que teatro de vida consente.
Ou que passado não é abraçado.

Tenho pena deste mundo,
do qual escrevo com receio,
de ser poço sem  fundo.

Olho atrás, que vejo?
Ninho sem ovos, fruta sem flor!
Ou mesmo doce salgado.
Mundo com amor sem beijo,
paixão com alegrias e dor.
Ou mesmo curral sem gado.

Em tempos perdi meu rebanho,
perdi minhas ovelhas,
perdi quem as guiava.
Nas águas em que tomei banho,
hoje conto histórias velhas.
De um passado que fantasiava.


Tenho pena deste mundo,
do qual escrevo com receio,
de ser poço sem  fundo.

Sonhei vidas e futuros.
Sonhei histórias de fadas,
ou mesmo contos de fantasia.
Em contos sonhados, hoje obscuros,
tento encontrar vidas sonhadas,
e histórias contadas.

Será dor, receio ou medo!
Isto que guardo dentro de mim.
Desta vida que relato.
Que todos apontam com dedo,
e julgam sem fim,
este meu lado lato.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Minha Sombra

Gostarei eu da minha sombra,
sentirei eu aquele amor,
pelo meu próprio eu. 
Será medo do passado que me assombra,
este pensamento de rancor.
Por uma infância sem apogeu.

Recordo a infância,
de um ser que não gosto.
Sinto mágoa do passado,
vivido sem carinho e com arrogância.
No amor por mim, não aposto,
dele tudo que guardo é fracassado.

Será sombra, será gente?
Serei eu noutra vida,
ou serei eu num estado demente.

Infância sem luz, sem brilho.
Sem alegria e com desprezo,
lamentando existir.
Da qual raras vezes me senti filho.
Onde hoje me possa sentir preso,
antes de sair ou partir.

Como sol que desperta,
atrás  das nuvens escuras.
Como chuva que cai e não molha.
Assim parto á descoberta,
de vida nova com alegrias futuras.
Dizendo apenas adeus numa folha.

Será sombra, será gente?
Serei eu noutra vida,
ou serei eu num estado demente.

Folha do Outono que seca,
com raios de sol que se foram.
Andorinha que parte no Verão.
Livro ou história de biblioteca.
Gotas de orvalho que evaporam,
nesta vida que relato de sofri-dão
.

domingo, 3 de outubro de 2010

Saudade de um Sonho

Sinto-me triste, só e abandonado, 
por este mundo cruel e injusto.
Estarei a viver meus sonhos acordado, 
ou apenas a pagar tudo com muito custo.

Será este o preço da inexperiência,
de uma vida que tenho que pagar?
Não quero mais viver sem amar,
muito menos com esta ausência.

Sinto no vento um sopro de solidão.
Na brisa do mar vejo que perdi,
dádivas de uma vida, que não aprendi
a segurar ou a agarrar com prontidão.

Falo de aprender a agarrar os sonhos,
falo de como não os agarrei.
Falo de seres sós e tristonhos, 
que não agarraram o amor que lhes dei.

Meus sonhos foram construídos,
em betão, mas também na solidão.
Mesmo em betão foram destruídos.
Mesmo tão fortes ruíram e ruirão.

Construí ideias fixas nas nuvens.
Queria ser gente e poder voar.
Sobre as aguas do mar, poder andar.
Ou mesmo adivinhar de onde vens.

Sobre as marcas por ti deixadas
na areia por onde caminhavas.
Pelas brisas por ti, abraçadas
queria adivinhar quem amavas.

Ai...se eu pudesse! Gritar,
saltar, correr ou até mesmo rastejar.
Ai...se eu pudesse! Que voltasses a amar,
a desejar, a querer comigo festejar.

Guardo-te no meu baú secreto.
Prendo-te no meu coração, 
que por ti, espera ser reaberto,
com a chave do teu amor e tua paixão.



Ninho da Vida

Quero escrever e sinto me bloqueado,
não consigo pensar ou raciocinar,
em  qualquer tema com significado.
Apenas me ocorrem palavras a voar.

Será minha mente que voa,
por outros universos!
Ou estarei simplesmente a toa.
sem caminho nos meus versos.

Serão os meus versos ou a minha vida?
Que se encontra sem caminho.
Será a magoa vivida e sofrida
que se começa a aninhar neste ninho.

Ninho construído por palhas de dor,
erguido sobre troncos de tristeza.
Que se reflecte na falta de amor,
ou  voz que grita com firmeza.

Ninho onde escondo mágoas,
lágrimas, pensamentos e fraquezas.
Ninho construído de sonhos, fábulas,
desamor e muitas incertezas.

Quero tornar esses sentimentos,
livres e maduros, para poderem voar.
Voar sem deixarem  arrependimentos
nem qualquer hipótese de voltar.

sábado, 2 de outubro de 2010

As aventuras da Restauração!

Sou um profissional da área e gosto de ver e presenciar o que se pratica por aí, mesmo sendo as mais altas barbaridades do sector.
Hoje fui conhecer e analisar os restaurantes da baixa de Lisboa, uma das maiores aberrações  do conceito serviço e qualidade que podemos identificar dentro de um serviço que deveria expor os nossos conceitos  de serviço na área de comidas e bebidas em Portugal aos estrangeiros que nos visitam.
Quero-vos relatar a minha experiência, sucedida naquilo que podemos apelidar de um espaço multi culturas, onde temos entre empregados e clientes, nada mais nada menos que os cinco continentes.
Começando pelos empregados, numa das ruas mais turisticamente frequentadas de Lisboa, identificamos claramente a presença de todas aquelas civilizações que podemos designar por desenvolvidas e de terceiro mundo.
Na frente do restaurante podemo-nos debater com as mais vastas apresentações, desde Brasileiros, a Portugueses ou mesmo Croatas ou Ucranianas a fazerem o trabalho daquilo que na restauração chamamos de « Hoster», para quem não conhece o termo, são simplesmente pessoas que apresentam o espaço ou o conceito e tentam captar clientes.
Como achei caricato decidi embalar numa das aventuras do palato, podendo identificar as mais variadas divergências da cultura Portuguesa, num restaurante que se designa por cozinha típica Portuguesa.
O meu pedido:
Sopa Alentejana- 2,95€
Bife a Portuguesa- 12,80€
Vinho Quinta de Cabriz tinto. 0,75cl- 12,90€
Leite Creme- 3,80€
Café- 1,20€
Para começar em beleza a sopa supostamente alentejana, era nada mais nada menos que uma açorda, feita com papo secos. ( Gostaria de saber em que zona do Alentejo  se fazem aquelas sopas) Já para não falar das três lascas de presunto do Continente que nos apresentam como entrada e pelas quais nos cobram 5,50€, voltando a falar na sopa, esta que nos servem numa malga de inox, como se tratasse de comida para cães ou presidiários, não desfazendo de ambos.
De seguida o bife à Portuguesa pedido transforma-se numa costeleta de Novilho, aconselhada pelo suposto dono do restaurante, como se nos dissesse,( o bife não presta, coma antes a costeleta de Novilho) sem querer contrariar o sr. e me arriscar a comer um bife,  passado da validade, segui o seu conselho.
Pergunto eu na maior das ignorâncias se há alguma costeleta guarnecida de batatas fritas que valha 12,80€?
Não querendo apontar os 1,50€ cobrados por um papo seco.
Não querendo ser racista ou xenófobo passaram pela minha mesa, um português , um Brasileiro, um Nepalês ou Bangladeche e uma Croata ou Ucraniana , dos quais um ou dois falavam Português ou Inglês.
Será esta imagem que queremos passar aos estrangeiros que nos visitam?
Não querendo roubar mais do vosso preciso tempo, será este um jantar que vale  40,65€?
Talvez  seja necessário avaliar a restauração Portuguesa...
P.S. Não querendo ser mauzinho, não vão ao « Torremolinos » na rua Portas de Santo Antão nº 62

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Momentos de Uma Relação

Por que já não me valoriza?
Os psicólogos dizem continuamente que a principal valorização deve ser interior. Se, pelo contrário, estamos sempre dependentes de como os outros  nos valorizam , muitas pessoas passarão a vida a tentar adaptar o seu comportamento às exigências ou intransigências de quem as rodeia.
Por onde começar?
Somos nós que melhor nos conhecemos, que sabemos como nos sentimos, em que medida desfrutamos e até onde sofremos. Não podemos deixar noutras mãos o leme das nossas vidas.
Quando passamos da admiração ao sofrimento!
O sofrimento pode justificar-se quando vem de um facto alheio ao casal e é irremediável - um acidente, uma morte... mas nunca poderemos justificar um sofrimento que é produto da incompreensão ou da agressão de uma das partes.
Quando ansiamos a liberdade.
Que sejamos mais livres não depende dos outros, mas sentirmo-nos escravos depende de nós.
O que nos aproxima?
Não há aspectos que nos unam universalmente homens e mulheres. Cada pessoa é única e como tal tentará encontrar no parceiro a pessoa que potencie as suas qualidades e mitigue os seus defeitos; aquela pessoa que a faça vibrar de alegria e de esperança; que provoque os seus sonhos, que seja objecto do seu carinho e destino das suas emoções.
Erros que devem ser evitados!
Se queremos que uma relação funcione, invistamos muitas doses de flexibilidade, de generosidade, de afecto, de humor e de atitude positiva.

Sintomas de um Amor

Não quero mais esconder esta dor,
não posso mais ocultar este sentimento.
Chega de infortúnio deste pecador,
basta de tão solene sofrimento.

Olho para trás e o que vejo?
Repulsa, critica sem fundamento!
Ou mesmo mágoa no próprio beijo.
Não quero mais este testamento.

Vivi como se não houvesse amanhã,
como se todos os sentimentos se diluíssem,
num salto dado por uma rã.
Ou mesmo nas palavras que fluíssem.

Apostei, acreditei e investi,
num amor, numa relação ou numa vida.
De um um modo de viver prescindi
para que a felicidade fosse absorvida.

Errei e cometi várias lacunas,
Nunca esperei ser perfeito,
Nunca me escondi a trás das dunas.
Muito menos tentei um feito.

Fui eu e amei  à minha maneira.
Cheio de falhas e fantasmas amei.
Tudo depressa se tornou numa canseira,
rapidamente sobre a vida me debrucei.

Poderia escrever mil uma razões,
Salvar as minhas falhas e defeitos.
Para justificar o que nos vai nos corações
ou mesmo aquilo de que somos feitos.