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domingo, 3 de outubro de 2010

Saudade de um Sonho

Sinto-me triste, só e abandonado, 
por este mundo cruel e injusto.
Estarei a viver meus sonhos acordado, 
ou apenas a pagar tudo com muito custo.

Será este o preço da inexperiência,
de uma vida que tenho que pagar?
Não quero mais viver sem amar,
muito menos com esta ausência.

Sinto no vento um sopro de solidão.
Na brisa do mar vejo que perdi,
dádivas de uma vida, que não aprendi
a segurar ou a agarrar com prontidão.

Falo de aprender a agarrar os sonhos,
falo de como não os agarrei.
Falo de seres sós e tristonhos, 
que não agarraram o amor que lhes dei.

Meus sonhos foram construídos,
em betão, mas também na solidão.
Mesmo em betão foram destruídos.
Mesmo tão fortes ruíram e ruirão.

Construí ideias fixas nas nuvens.
Queria ser gente e poder voar.
Sobre as aguas do mar, poder andar.
Ou mesmo adivinhar de onde vens.

Sobre as marcas por ti deixadas
na areia por onde caminhavas.
Pelas brisas por ti, abraçadas
queria adivinhar quem amavas.

Ai...se eu pudesse! Gritar,
saltar, correr ou até mesmo rastejar.
Ai...se eu pudesse! Que voltasses a amar,
a desejar, a querer comigo festejar.

Guardo-te no meu baú secreto.
Prendo-te no meu coração, 
que por ti, espera ser reaberto,
com a chave do teu amor e tua paixão.



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