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terça-feira, 19 de julho de 2011

Música de Fundo



















Coberto pelos largos arcos,
construídos em pedra do passado!
Pelas mãos calejadas do homem.
Um piano canta olhando os barcos!
Que no Tejo do antepassado,
navegam nas águas onde Deuses dormem.

Piano que chora baixinho,
canta e grita lindas melodias!
Ao ritmo dos dedos atrevidos,
forma música com carinho.
Toca com todas as simpatias,
os sonhos reais e adormecidos.

Na beira do Tejo cinzento,
aglomeram-se pessoas e gaivotas.
Umas partem para a, outra margem,
outras chegam sem tempo.
Pensando na vida e revira-voltas,
que ao som do piano se tornam viagem.

Ao fundo na outra margem,
a tarde pinta o horizonte,
com lindos tons de saudade.
Enquanto nesta, a homenagem,
continua sem inspiração ou fonte.
Deixando o piano tocar em liberdade.

Ao sabor das notas soltas...
Vou escrevendo e observando.
Vendo quem passa ou corre.
Pensando poemas e músicas loucas.
Vendo o que Lisboa vai dando,
vou escrevendo o que me ocorre.

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