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domingo, 12 de junho de 2011
Maré
Olho a água e vejo uma mistura,
de cores entre azul e verde.
Nos meus pés já sinto a frescura,
da água que sobe e se perde.
Pela manhã a distância,
era longa e distante.
A areia libertava sua fragância,
de aromas e cheiro constante.
Aos poucos e lentamente,
vai subindo sem receios.
Com as horas em forma crescente,
na areia traça seus devaneios.
Onde o sol havia secado,
ela re-mexe e molha.
Como fadista que canta fado,
sem pautas que olha.
Chamam-lhe MARÉ!
Seja baixa ou preia mar.
Assim diziam pescadores com fé,
de ir e voltar.
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