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domingo, 12 de junho de 2011

Vento
















Caminhas como cavalo,
galopante que corre.
Enfrentas a raiz e o caule,
como quem a mãe socorre.

Destemido invades campos,
enfurecido derrubas barreiras,
moves objectos fixos por grampos.
Destróis cidades e feiras.

Temo nunca viver tua euforia,
nunca saber e sentir tua malvadez.
Jamais ser filho da tua agonia,
ou sofrer tua ousadez.

Evito teu paladar doce.
Fujo ao teu sopro mais forte.
Saboreio teu toque agridoce,
quando viajo sem suporte.

És o vento e a brisa!
De ti guardo na face o  toque,
de uma bofetada consiza.
Que dói sem ámoque.

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