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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Razão de Ser

O Sol  brilha iluminando,
os campos sem flores.
Vejo e oiço aves cantando,
suas danças e seus amores.

Vejo gotas de orvalho,
que escorregam nas folhas.
Regadas com frio, sem agasalho.
Alguns ainda com tuas lagrimas molhas.

Vivo para escrever e expressar,
o belo e o mal pintar.
Pintar com cores e observar,
o que fica sem gostar.

Quero escrever, quero sonhar,
quero meus males espantar.
Quero agarrar e abraçar,
o mundo e poder cantar.

Música















Na manhã que me acorda.
Na noite que me deito.
Nos temas que ela aborda.
Nas palavras que aceito.

Em tudo e todos ela existe!
Ela é a MÚSICA! Esta me alimenta,
seja ela alegre ou triste.
Nela afogo a tormenta.

Sem música não poderia sorrir,
a lágrima não se transformaria.
Os campos deixariam de florir,
o vento a maresia não transportaria.

A razão de amar se perderia,
a motivação de sonhar se diluíria.
A criança sem parar, choraria.
Avida da morte desistiria.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ruas

Ouço risos e gargalhadas,
que precorrem as avenidas.
Vejo faces afortunadas,
que escondem iras.

Pelas seguem sorrisos,
nelas também vejo tristeza.
Escondidas em cabelos lisos,
ou mesmo caras de incerteza.

As gargalhadas disfarçam,
orgulhos feridos.
Que pescoços enforcam,
com momentos vividos.

Nas ruas silhuetas passam,
No olhar imagens ficam.
Os olhares abraçam,
ódios que purificam.

Estrela do Mar


















Foste a minha estrela do mar,
a alma que me fez feliz.
Foste companhia de luar,
disseste o que ninguém diz.

Não foram muitos os dias,
menos foram as noites.
Foi o suficiente para guardar alegrias,
e me espancares com açoites.

Estrela do mar azul.
Companhia de momentos fantásticos.
Rapidamente te tornaste borboleta em cazúlo,
que me fez viver dias bombásticos.

Foste a estrela do mar,
alguém que me fez gostar.
Alguém que queria amar
e hoje nem posso abraçar.

Lisboa

Lisboa linda e maravilhosa,
cidade das sete colinas.
Cidade de vistas airosas,
de rio, mar, vento e bolinas.

Pelas ruas e bairros,
encontramos de tudo.
Gente que passeia carros,
gente que canta, que chora e o mudo.

Lisboa menina e moça.
Lisboa do Tejo e alfama.
Lisboa do buraco e poça.
Lisboa cidade da fama.

Lisboa cidade e capital.
Cidade do sucesso.
Lugar poderoso e monomental,
mas ao mesmo tempo te processo.

Processo pela injustiça,
pela pobreza que escondes.
Pela falta de justiça,
que apresentas em pseudo-condes.

Chuva
















Se eu fosse a chuva,
tocava teu rosto.
Regava a videira da uva.
Apagava o pó que não gosto.

Se eu fosse a chuva,
caía na tua face.
Enquanto atravessas a rua,
ou pensas neste enlace.

Ai se eu fosse a chuva!
Apagava o fogo e matava a sede.
Entrava na tua mão de luva,
ou dizimava o cheiro que fede.

Se eu fosse a chuva...
Regava os campos.
Dos rios fazia água turva,
nas ondas desenhava encantos.

Ai se eu fosse a chuva...
Caía nos teus lábios.
Agarrava tua face nua,
adorava teus movimentos sábios.

Tarde cinzenta
















Na esplanada improvisada,
coberta de plástico transparente.
Refugiu-me da chuva avisada,
observando os tipos de gente.

Gente triste, alegre e atarefada,
que corre nesta tarde cinzenta.
Gente que procura zona abrigada,
para saciar sua silhueta sedenta.

Sedenta de um Verão,
que ainda está longe.
Sedenta de amor e solidão,
como anjo ou monge.

Alguns correm, outros andam,
outros passeiam tranquialamente.
Como se a chuva onde passeiam,
fosse sol que bronzeia suavemente.

A noite infame aproxima-se,
Aos poucos as pessoas correm,
para o metro, autocarros e retiram-se,
para o sossego onde dormem.

Perguntas???

Vagueio pelas ruas, procurando!
Respostas que desconheço.
Numa esplanada vou divangando,
escrevendo aquilo que mereço.

Procuro respostas para perguntas,
as quais nem eu sei...
Numa pessoa ou em várias juntas,
Páro, observo aquilo que não te dei.

Sinto que me perdi em desgosto,
por não saber tuas respostas.
Ès fruto, flor e alma que gosto,
sem dúvidas que aposto.


Abraça-me

















Abraça-me com teus braços,
aperta-me com teu corpo.
Oferece-me beijos sem laços,
na face deste corpo morto.

Morto pelo teu cheiro!
Sedento do teu olhar.
Morto mas não por inteiro,
morto com vida e fome de te amar.

Abraça-me e deixa-me tocar,
teu cabelo, olhar teu olhar.
Deixa-me teus lábios beijar.
Abraça-me não quero mais chorar.

Envolve em mim teus braços,
sufoca-me com um aperto.
Deixa-me acariciar teus traços.
Abraça-me ao longe e ao perto.

Entrelaça teu corpo no meu,
contamina-me com teu perfume.
Faz-me sonhar neste escuro breu.
Deita combustível neste lume.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Lua


















Ai se eu fosse a Lua...
Se fosse ela meu olhar,
A minha esperança era tua.
Qual seria meu luar!

Se eu fosse a Lua...
Iluminava teu caminho.
Reflectia no olho da Catatua,
pousada no ramo de Rosmaninho.

Se eu fosse a Lua...
Meu brilho tocava,
teus olhos e tua pele nua.
Com a esperança que irradiava.

Se eu fosse a Lua...
Serias mais forte,
que estrela nua,
indicando o Norte.

Meu Sangue

Proclamo alegria e felicidade,
para aqueles que mais amo.
São sangue do meu sangue.
São minha vida para a eternidade.
De minha arvore são ramo,
de minha vida seres marcantes.

São meus sobrinhos, meus amores!
Frutos de flor que não plantei,
culturas que não semeei.
Sonho e evito seus temores,
de uma forma que já mais imaginei.
Evitando uma vida que odiei.

Se pudesse agarrava as montanhas,
transformava-as em planaltos.
Para que nelas pudessem,
caminhar até ás entranhas.
Sem dividir suas vidas em socalcos,
ou que seus destinos perdessem.