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domingo, 26 de junho de 2011

Amigos são a Poesia da Vida
















Amigos, tenho e terei...
Eles são minha alavanca,
para a vida que sonhei.
Neles encontro força franca.

Com eles construo barreiras,
que me protegem das fraquezas!
Com eles canto e sonho asneiras,
que não me obrigam a delicadezas.

Com eles consigo-me erguer,
consigo ser forte e inquebrável.
Sem eles teria que me esconder
e dissipar-me na magia inegualável.

Vivo para mim, sem os esquecer.
Fazem-me sentir importante,
quando em mim se procuram fortalecer.
Fazendo-me sentir força constante.

Remédio













As palavras são como remédios!
Anestesiam a dor, mas não curam,
as feridas e os males intermédios.
Que os tempos já não procuram.

Esqueci a dor e a ira...
Guardo saudades de sonhos sonhados.
Na minha pele suada e ferida,
cravo ideias de pensamentos roubados.

Sim...tenho saudades e fome,
de momentos a dois vividos.
Necessidade de uma vida que me consome
e me deixava sem sentidos.

Perdi! Ou terás tu perdido?
Admito que me completavas,
admito ter vivido e sofrido,
por aquilo que não acreditavas.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sociedade













Volto a abrir o livro dos segredos.
Para nele escrever meus pensamentos!
A natureza humana gosta de enredos,
onde possam ofuscar seus tromentos.

Onde vivem vidas que não suportam,
encarnando personagens falsas.
Alimentando-se de histórias que nao comportam,
chegando ao ridiculo de dançarem valsas.

A falsidade, o cinismo e a hipocrisia,
são males que abafam a sociedade.
Males que esmiuçam as profecias
e condenam a ambiguidade.

São estas as doenças do século.
Onde sociedades formatadas,
se agarram sem vínculo.
Tentando esconder vidas mal formadas.

Não sou melhor, nem pior...
Mas vivo de ideais e valores.
Não vivo pensando ser o maior,
nem escondendo meus dissabores.

Quero viver numa sociedade melhor.
O que me compete a mim farei...
Para eliminar tudo o que de pior,
a vida me apresentar sem lei.

domingo, 12 de junho de 2011

Alguém??
















Preciso de companhia e amor!
Quero alguém para sintonia,
alguém que procure calor.
Alguém que queira armonia.

Alguém que queira acordar,
a meu lado com meus defeitos.
Que saiba entender-me e admirar,
como sou em todos os jeitos.

Alguém que queira sentir
e fazer sentir o coração em chamas.
Que mesmo calado faça fluir,
a conversa que exclamas.

Alguém que contamine meus lábios,
com doces beijos acentuados.
Alguém que provoque pensamentos sábios,
no entrelaçar de corpos desnudados.

Alguém que olhe e consiga ler,
nos seus olhos, a magia do momento.
Onde andas tu, onde foste colher?
O amor que foi perdido no tempo.

Maré

















Olho a água e vejo uma mistura,
de cores entre azul e verde.
Nos meus pés já sinto a frescura,
da água que sobe e se perde.

Pela manhã a distância,
era longa e distante.
A areia libertava sua fragância,
de aromas e cheiro constante.

Aos poucos e lentamente,
vai subindo sem receios.
Com as horas em forma crescente,
na areia traça seus devaneios.

Onde o sol havia secado,
ela re-mexe e molha.
Como fadista que canta fado,
sem pautas que olha.

Chamam-lhe MARÉ!
Seja baixa ou preia mar.
Assim diziam pescadores com fé,
de ir e voltar.

Casas




Lá longe, na encosta da serra,
vejo casas cravadas como lapas,
nas rochas que sobre-saiem da terra.
Embora algumas não constem nos mapas.

Casas grandes, pequenas, feias
e bonitas de maravilhar,
os sonhos que semeias,
tentando não acordar.

Algumas ocultas ou escondidas,
outras mesmo camufladas.
Pelas plantas eruditas,
que crescem ás camadas.

Nesta aguarela da Natureza,
tento não registar,
aberrações de tristeza.
Pois não as quero pintar.

Sol Que Bronzeia




A tranquilidade que provoca,
o envolvimento que seduz.
Já não sei qual envoca,
mais alegria ou luz.

A brisa calma beijando,
os corpos que se bronzeiam,
delicía os os que por aqui andam.
Tocando corpos que encendeiam.

O Sol forte que queima,
aquece a areia que piso.
Embora o mar que teima,
molhe alguma sem aviso.

Sinto o toque dos raios solares,
bebendo na minha pele.
Como criança que come folares,
sem alguém que lhe apele.

Sol dourado, vermelho ou encarnado.
Ès o astro rei e rainha.
A ti só te vejo acordado,
mesmo sem fantasia minha.

Portinho da Arrábida

















Sem querer encontrei o paraíso!
Onde a serra beija o mar,
onde o verde abraça o azul.
Mar sem ondas e liso,
com lindas águas de mergulhar,
limpídas, que confundem o céu azul.

A areia essa é branca!
Como a farinha do pão.
Rochas esculpidas e trabalhadas,
com poesia bela e franca.
Que é traçada á mão,
por letras emparelhadas.

Seu silêncio, acorda no mar.
Estende-se pela serra acima,
no cantar das gaivotas.
Os arbustos verdes deixam no ar,
um aroma fresco do clima.
Que sobe e desce, ás voltas.

Ao largo uma pequena ilha,
rasgada a meio pelo tempo.
Içada de rocha e areia!
Da serra será filha?
Este pequeno monumento,
que bombeia sangue na veia.

Vento
















Caminhas como cavalo,
galopante que corre.
Enfrentas a raiz e o caule,
como quem a mãe socorre.

Destemido invades campos,
enfurecido derrubas barreiras,
moves objectos fixos por grampos.
Destróis cidades e feiras.

Temo nunca viver tua euforia,
nunca saber e sentir tua malvadez.
Jamais ser filho da tua agonia,
ou sofrer tua ousadez.

Evito teu paladar doce.
Fujo ao teu sopro mais forte.
Saboreio teu toque agridoce,
quando viajo sem suporte.

És o vento e a brisa!
De ti guardo na face o  toque,
de uma bofetada consiza.
Que dói sem ámoque.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Mergulho













Caminho no escuro cinzento,
dou passos certos no incerto.
Mergulho no mar intenso,
procurando o obscuro concreto.

Nado na mansidão de um olhar,
bracejo nas ondas de um sentido.
Toco a espuma a rebentar,
de esperança sem destino temido.

Quero respirar nestas ondas...
Sentir o folêgo de um destino.
Que navega sem sondas,
neste mar que desatino.

Nestas águas, meu corpo
vou passear sem medos.
Nestes rios de conforto,
afogo tristezas e torpedos.

domingo, 5 de junho de 2011

Pára, Escuta e Olha













Deixa-me aproximar, tocar
e acariciar teu coração.
Deixa-me penetrar no teu olhar
e poder abraçar-te com emoção.

Silêncio que se soltam as palavras,
que agarram a minha alma.
Com elas vou plantar o campo que lavras,
semeando louros de palma.

Deixa-me acariciar teu rosto,
dizer-te o que sinto e o que calo.
Dizer-te o que mais gosto,
não aquilo de que falo.

Na noite estrelada a lua,
chama por ti...
Na face da lua vejo a tua,
que anseio e não esqueci.

Silêncio que as estrelas,
brilham chamando por ti.
Escuta com atenção as palavras delas,
que vais concluir, serem para ti.

Deixa ouvir o que dizem!
Deixa tocar sentimentos,
que ainda existem e não fingem.
Embora esquecidos por tormentos.