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domingo, 28 de outubro de 2012

Quem Sou!















Quis saber quem sou?
Saber o que faço aqui?
Saber quem me abandonou?
Saber de onde vim?

Viajei no tempo para entender.
De onde vem a ausência.
Que não consigo compreender.
Neste estado de demência.

Por entre rios do passado.
Montanhas da vivência,
vou escalando o destino traçado.
Com toda a clarividência.

Mas será que viajando no tempo,
que o relógio roubou.
Irei aprender o ensinamento,
que o futuro me reservou?

Precisaremos do passado, para viver,
de forma triunfante o futuro?
Ou estaremos apenas a resolver,
um inigma que nos é duro?

No teu Poema












No teu poema existe um verso,
que canta a melodia.
Que corre e invade o universo,
com saudade e melancolia.

Existe a esperança acesa,
que espera sua sorte.
No teu poema à a certeza,
da vida e da morte.

Que aguarda na varanda,
pela luz do dia.
Existe a voz que propaganda,
a esperança e a profecia.

No teu poema existe a noite.
Que adormece a dor.
Existe o relógio com meia-noite,
que marca o calendário a rigor.

No teu poema existe a esperança.
Que sai pela janela aberta.
Esquencendo sem lembrança,
o amor que o coração aperta.

Nesse poema que tu gritas,
e cantas a sina de quem nasce.
No teu poema onde obrigas,
que a dor se afaste.

Papel e Caneta














Com folhas e papel.
Faço aviões e barcos.
Que navegam como batel,
cruzando mares, rios e charcos.

Onde pilotos e comandantes,
viajam pelo passado.
Com fé e confiantes.

Com canetas e lápis.
Faço prosas e poemas.
Que contam histórias reais,
de variados temas.

Histórias que levam consigo,
memórias e certezas.
Num tempo que não preciso

Com palavras e frases.
Construo sonhos atrevidos.
Que por vezes audazes,
relatam sonhos vividos.

Sonhos em que adormeci,
sem noção do tempo.
Mas que não esqueci.

Com sílabas e letras.
Faço jogos de desafio.
Que escondem vogais obsuletas,
que não leio ou balbucío.

Jogos que se adivinham,
com poucas palavras.
Que  se trocam e desalinham

Com papel e folhas.
Canetas e lápís.
Faço as escolhas,
que escrevo em jornais.

Escrevo desejos do futuro,
memórias dum passado.
Que por vezes saturo.

Minha Sombra













É tempo de começar.
Tempo de mostrar teu rosto.
Tempo de tomar teu lugar.

Em cada movimento teu.
Em cada universo.
Quando te sentes só, eu,
escrevo o verso,
que teu coração, não esqueçeu.

Não te sintas só.
O sol brilha uma luz em mim.
Brilha mesmo no espelho com pó.

Irá também brilhar em ti.
Brilhar a mesma luz.
Que marca minha sombra em ti.
 e teu caminho sem fim.

Nela verás meu olhar.
Que espreita e espera.
Verás que te posso amar.

Se quiseres acreditar,
que vives num mundo á parte.
Que pequenas coisas fazem lembrar,
que amor não é minha arte.
Deixa-me fazer brilhar,
a luz que nasce ao amar-te.

Só o brilho que há em mim,
que brilha na luz.
Haverá de brilhar em ti.

Só assim verás minha sombra,
em cada parede.
Que reflecte meu olhar.
Só assim verás a obra,
que construo sem rede,
e arrisco fazer desmoronar.

Brilha uma luz em mim.
Brilha uma luz,
que brilhará em ti.

Quando a tua espada,
estiver contra a parede.
Não mostrarás nenhum receio.
Correndo armada,
ninguém te impede,
de lutar pelo que creio.

É tudo que te peço,
minha  sombra minha estrela.
Que sigas o mesmo caminho.
Pois não te impeço,
que sofras a amolgadela,
que adivinho.

Pois correndo sem tempo.
Nunca iremos chegar,
em simultâneo momento.


Inspirado em «My Shadow» Keane.

Teu Coração Adormeceu




















A noite está a chegar!
Com ela, os sonhos a acordar.
Que sonham a fantasiar,
com teus lábios a me beijar.

Na noite que chega,
minha alma te abraça.
Procurando sorriso que aconchega,
toda a tristeza ou desgraça.

Com as nuvens dos sonhos,
pinto de branco a paixão.
Com passados risonhos,
escrevo letras de sedução.

A noite está a chegar!
Com toques leves e doçes,
tento em teu coração despertar.
Sentimentos que não são precoçes.

Mas teu coração adormeceu!
Teimando não acordar.
Perante amor que não esqueçeu,
e que ainda é possivel amar.

Obvio ou estranho?














Poderei contar as estrelas...
Viajar nas galáxias do universo?
Sem querer tê-las,
de modo preverso?

Poderei beijar a lua?
Apalpar as plantas?
Sentir a tua pele nua,
e ver como encantas?

Poderei ir onde acredito?
Certamente se confiar,
poderei chegar ao infinito.
Sem receios de falhar.

Hoje sei que podia e posso!
Sentir todas as emoções.
Sem medo de mergulhar no fosso,
e no mundo das lamentações.

Para tal! Basta confiança,
respeito e honestidade.
Conservando a liderança,
que nos define a identidade.

E que construindo numa base,
forte todas as ligações.
Não vou esquecer que uma fase,
dificil pode destruir ilusoes.

.


Amor que me Entrego














Amor que me entrego!
Coração que chora.
Com lágrimas, rego,
a face a qualquer hora.

Amor que me entrego!
Tristeza que se ancóra.
Amor que pego,
na alma, se evapora.

Com os sentimentos deste amor,
agarro as partículas desta paixão.
Que se desintegram sem dor,
neste mar de destruição.

Amor que me entrego...
De peito, desafiando as forças.
Com as quais luto que nem Grego,
que desafiam aquilo que troças.

Amor que procuro entregar-me,
sem questionar a voz da razão.
Com sentimentos a desafiar-me,
o que me diz o coração.

Será este amor?
Destino, rota ou porto.
Para este barco a vapor,
que me transporta morto?