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terça-feira, 21 de maio de 2013

Naquela Sala

















No espelho da sala...
Ficaram marcas do teu bátom.
Ficaram sinais por apagar.
Sinais que o tempo não cala,
com todo o seu dom.
Que esquece sem lembrar.

No sofá da sala...
Ficou teu lugar vazio,
esperando por ti.
Ficou uma voz que fala,
e que nunca partiu.
E nunca esqueci...

Nessa mesma sala, pintei...
Nas paredes teu retrato.
Com cores quentes de saudade.
Com as mesmas cores desenhei,
um sentimento abstrato.
Com contornos de verdade.

Nessa sala que falo...
Recordo com nostalgia,
todos os momentos aí passados.
Recordo noites que calo,
em sonhos de fantasia,
que ficaram aí registados.

Pela janela dessa sala...
Saíram teus carinhos,
e tua ternura.
Levando na mala,
todos os teus miminhos,
sem qualquer frescura.

È nesta sala, que te espero!
Na esperança de voltares.
Continuo acreditando,
que és tudo o que quero.
Mesmo sem por isso lutares,
continuo te amando.

Um dia...
















Um dia quero olhar,
as estrelas a brilhar.
Quero nelas observar,
teus olhos a cintilar.

Ver nelas a luz...
Do teu coração.
Ver o olhar que reluz,
em toda a imensidão.

Quero olhar os astros...
Todo o sistema solar...
Onde as estrelas deixam lastro,
de fogo, que faz incendiar.

Qualquer corpo que beijaste.
Qualquer face que tocaste.
Qualquer rosto que acariciaste.
Qualque um que tu gostaste.

Um dia quero te olhar!
Ver-te a bilhar,
nesse fogo de incendiar,
que me deixa a planar.

Agarra-me e Abraça-me

















Agarra-me com teu jeito.
Abraça-me com teu calor.
Acaricia-me com teu toque.
De ti quero tudo sem direito,
de nada exigir sem amor.
De ti quero emoções sem choque.

Emoções que outrora me conquistaram,
fazendo esquecer barreiras.
Emoções que também me derrubaram,
sem entender tuas maneiras.

Quero que me envolvas,
em teus longos braços.
Que, com eles me sufoques.
Quero que neles me devolvas,
nos teus meigos abraços.
O carinho dos teus toques.

Toques de pura magia.
Que conquistam meu coração.
Toques que marcam com alegria,
qualquer sentimento de paixão.

Agarra-me pela mão.
Aperta-me com teus dedos,
entrelaçados pelo desejo.
Sente a minha decisão,
que desenha sem medos.
Tudo aquilo que cortejo.

Guia-me
















Preciso de ti, para me guiares.
Para me segir e acompanhar.
Preciso de ti, para me apoiares,
neste caminho por desvendar.

Preciso de sentir teu apoio.
Sentir tua mão e tua força.
Preciso apanhar o comboio,
que corre, como uma corsa.

Comboio que corre destemido,
pelas linhas da saudade.
Comboio que segue enforeçido,
pela razão e verdade.

Preciso de ti para me ajudares,
a sentir a realidade.
Preciso que acredites sem abandonares,
todas a minhas palavras sem vaidade.

Preciso seguir a teu lado.
Sentir teu toque de apoio.
Sem ti, sinto-me abandonado,
como campo que deixa o saloio.

sábado, 4 de maio de 2013

Temas da Manhã














Nos pássaros que cantam,
com o acordar do dia.
Envio mensagens que escondo.
Com melodias que encantam.
Escrevo temas de agonia,
que são um estrondo.

Temas que relembram,
teu olhar e teu aroma.
Temas que não esqueci,
nas pautas que se escreveram.
Relatando teu sintoma.
Nem muito menos perdi.

No chilrear das aves.
Escuto o teu sussurrar.
De quando acordavas,
perdida nas suaves,
e doce palavras de embalar.
Que negavas e não admiravas. 

Palavras Esquecidas














Procuro no vazio da saudade,
verbos que sabia amar.
Procuro na humildade,
palavras por encontrar.

Palavras que contam,
histórias por recordar.
Em diários que apontam,
dias e episódios por relatar.

Palavras bonitas, doces  e meigas.
Que conquistam a harmonia.
Com rimas simples e leigas,
sem significarem ironia.

Procuro palavras esquecidas!
Nos teus lábios quentes.
Lábios de cores coloridas,
que marcam conscientes.

Procuro no vazio da saudade!
Beijos, que roubei destemido,
sem medo da verdade.
Com um verso esquecido.

Pérolas da Manhã















Gotas de água ou pérolas?
Que se acumulam nas flores.
Gotas que o Sol quente abraça...
Lágrimas que choras,
sobre os campos e suas cores,
com tristeza e graça.

Gotas de orvalho que brilham,
no Sol ascendente da manhã.
Reflectindo o verde dos campos!
Gotas de água que deslizam,
pelas folhas e pela avelã.
Sem receio dos pirilampos.

São gotas de água virgem.
Fecundadas pelo tempo.
Que germinam o futuro.
Dum tempo que definem,
com receios do momento.
Em tempos que já nao aturo.

Gotas que correm sem pressa,
pelas folhas que escorrem.
Deixando nelas o rasto,
da água que as refresca.
Gotas que descrevem,
a sede do campo de pasto.