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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sorriso Materno










Sua mãe deitada na sombra do descanso.
Bebe a água da chuva de Inverno.
Enquanto o filho corre manso,
nos trilhos do jardim interno.

A criança salta e brinca.
Como se não houvesse amanhã.
Enquanto uma bolacha que trinca,
se parte e cai no chão de lã.

Sua mãe observa atentamente.
Com um sorriso rasgado no rosto.
Os movimentos que faz livremente,
enquanto brinca no sol de Agosto.

Com um olhar meigo e terno,
a mãe sente o filho que vibra.
Esperando um beijo materno,
seguido de abraço forte como fibra.

Pensamentos da Alma
























È belo quando encontramos paz.
Quando descobrimos o sossego.
Muito mais belo, é a harmonia.
Lindo é quando um click faz,
nossas emoções e nosso ego,
sentirem a perfeita magia.

Um coração que bate forte.
Que tem sede do amor!
Uma alma ferida e sentida,
que alegria e sorte.
Procura sem tristeza ou dor,
esquecendo a vida vivida.

Um hoje, um ontem e um amanhã.
Um presente, um passado ou futuro.
Uma vida de emoções e sentimentos.
Procurando um sorriso na manhã.
Encontro aquilo que não procuro!
Pois ninguém esquece sofrimento.

Alma minha que partiste...
Deixando para trás o pensamento.
Partiste procurando o sonho.
Que não esqueceste e sentiste.
Mas que morreu por afogamento,
nas lágrimas de um ser tristonho.

domingo, 24 de julho de 2011

Sol da Manhã

















Quero acordar, ver e sentir,
o sol que nasce pela manhã.
Sentir a brisa e o calor fluir.
Nas folhas com aroma a hortelã.

Na gota de orvalho matinal,
quero ver teus olhos brilhar.
No cântico da ave imortal,
quero escutar a vontade de amar.

O sol que brilha e encandeia,
quero que me faça transpirar.
Quero sentir o calor que incendeia,
este coração que não pára de sonhar.

Sonho com paixões e amores.
Sonho com flores e natureza.
Quero correr e saltar sem dores,
que o coração liberta com tristeza.

Comparo o Sol com esperança.
A Natureza com alegria.
O sonho esse já não cansa,
a mente que de ti faz delicia.

Jardim de Emoções











Por entre tons verdes e vermelhos.
Outros amarelos e castanhos.
Os lagos esses são espelhos,
das aves que voam entre estranhos.

Ao fundo as crianças brincam...
Criando mundos de ilusão!
Onde as flores os brindam,
com ideias e imaginação.

O sossego e a calma apaziguadora,
que estes recantos nos oferecem.
São de uma beleza esmagadora,
que confunde as flores que crescem.

Por entre folhas e troncos.
O sol espreita e mira,
aqueles que marcam encontros.
Esquecendo o relógio que gira.

Também aqui os Pombos,
brincam, correm e comem.
Esperando viver sem tombos,
daqueles que estes ares consomem.

Jardim de sombras, belo e fresco!
Com lindas e alegres cores.
Onde a tranquilidade eu pesco.
Não esquecendo suas flores.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Voar sem Asas


















Como pardal que procura comida.
Salto de galho em galho.
Num bater de asas que obriga,
destreza sem encalho.

Procuro nas sementes da esperança,
o alimento da nostalgia.
Nas folhas verdes, a confiança...
De poder acreditar na magia.

Sou pássaro, ave e condor.
Que voa sem medo ou receio,
procurando o astro mor.
Onde irei buscar meu centeio.

Busco água, no rio seco.
Amor no coração partido.
Na noite de luar, eu peco!
Esquecendo o que não tem sentido.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Turistas





De mapa na mão, perdidos!
Os turistas vão passeando,
pela Lisboa moderna ou antiga.
Com roupas em tons coloridos,
pintam as ruas, onde vão passando.
Esperando ouvir fado ou cantiga...

Suas faces rosadas,
indicam sua origem...
Seus cabelos grisalhos ou louros,
distinguem-se dos pintados.
Seu idioma ou linguagem,
não é usado por estes moradores.

Poucos falam a língua de Camões.
Muitos usam o inglês ou o francês.
Raros conhecem as nossas canções,
nosso fado cantado sem timidez.

Procuram Portugal com esperança.
Com sede da História ou monumentos.
Várias as coisas, que levam na lembrança!
De umas férias repletas de momentos.

Música de Fundo



















Coberto pelos largos arcos,
construídos em pedra do passado!
Pelas mãos calejadas do homem.
Um piano canta olhando os barcos!
Que no Tejo do antepassado,
navegam nas águas onde Deuses dormem.

Piano que chora baixinho,
canta e grita lindas melodias!
Ao ritmo dos dedos atrevidos,
forma música com carinho.
Toca com todas as simpatias,
os sonhos reais e adormecidos.

Na beira do Tejo cinzento,
aglomeram-se pessoas e gaivotas.
Umas partem para a, outra margem,
outras chegam sem tempo.
Pensando na vida e revira-voltas,
que ao som do piano se tornam viagem.

Ao fundo na outra margem,
a tarde pinta o horizonte,
com lindos tons de saudade.
Enquanto nesta, a homenagem,
continua sem inspiração ou fonte.
Deixando o piano tocar em liberdade.

Ao sabor das notas soltas...
Vou escrevendo e observando.
Vendo quem passa ou corre.
Pensando poemas e músicas loucas.
Vendo o que Lisboa vai dando,
vou escrevendo o que me ocorre.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Beijos do Vento

















No ar lascivo beijos se vão dando!
Por onde passas o ar e o vento,
vais fazendo com aquele brando
movimento, aquilo que vou amando.

O vento que rouba teu perfume
e que beija teu rosto.
Devolve teu cheiro com volume,
aninhando-se em roupa que gosto.

Os beijos que o vento te rouba,
vêm de encontro á minha boca.
Teu sol, minha pele, minha roupa.
Teu sorriso, teu olhar, minha moca.

Com letras descrevo o vento.
Descrevo beijos,sonhos e paixão.
De ti faço tamanho talento,
que toca e abraça meu coração.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Borboleta...que procura Polen!

















As cores das flores floridas,
pintam as asas de uma borboleta,
que deambula cheirando o pólen.
Deixando no ar lindas e coloridas
palavras de embalar a paixoneta.
Que acorda na manhã do além.

Como vela no escuro da noite!
O sol que nasce ilumina,
teu rosto e teu sorriso.
No teu olhar de lua da meia-noite,
vejo esperança que fulmina,
desejando um toque conciso.

No contorno de teus lábios definidos,
vejo palavras mudas que saem.
Procurando um destino ou coração,
que as aceite mesmo indefinidas,
sem medo das que caem,
fora das páginas desta oração.

Palavras, sorrisos, emoções...
Talvez mesmo sentimentos.
Um olhar e um toque suave,
que esconde medo de criações!
Filhas da mente e dos momentos,
que os nossos pensamentos fazem enclave.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Momentos ou Tormentos!


















Salto do barco em andamento,
mergulho nas águas claras,
procurando a simplicidade.
Com a força das ondas, o afastamento!
Faz-me perder ondas que lavras,
entre memórias e felicidade.

Não conheço estes mares,
estas ondas ou arribas!
Sou filho do campo e mato,
onde podes divagar.
Treinando salto das urtigas,
que me fazem filho nato.

Do campo florido, nascem flores.
Nas águas límpidas,
espelham-se memórias.
Que com magias e amores,
escrevem estórias destruídas
neste livro de histórias.

Será este mergulho fonte?
De certezas ou dúvidas,
onde o dia esclarece,
a noite no monte.
Onde as vidas vividas,
escapam nos dedos que esclarecem.

Traço dias, estórias e memórias...
Desenho o passado escrito,
tentando esconder pensamentos.
Onde os dias e as histórias,
fazem da noite que decifro,
momentos ou simples tormentos....

terça-feira, 12 de julho de 2011

Colagem de Sonhos



Tiro da porta do carro,
o teu lápis de bâton.
Com ele desenho corações
e rabisco uma jarra de barro.
De onde tiro algo de bom,
descobrindo sentimentos e emoções.

Dos traços de vermelho fogo,
que as letras pintam com brilho...
Escorrem lágrimas e alegrias.
O lápis de bâton? Esse, eu jogo!
com receio que desenhe trilho,
que não conheço nestas rias.

Com sonhos recortados e colados,
vou preenchendo a caderneta
que a vida me congratulou.
Com pensamentos agrafados,
construo o meu planeta.
Onde o amor me abalroou.

Com vermelho de bâton,
escrevi passado ou saudade!
Talvez mesmo fome ou sede.
Será mesmo muito bom,
esclarecer a autenticidade.
Sem receio daquilo que nos precede.

Será fome de sentir o colar,
de dois lábios quentes,
na minha face ou boca.
Será simplesmente abraçar,
ou tocar as tuas mãos dormentes,
que me deixa esta ideia louca.



domingo, 3 de julho de 2011

Passeio















Passeio por ruas, becos e vielas.
Para trás deixo um passado.
Que me marcou no rosto,
com tintas, guaches e aguarelas!
Escrevo histórias dum passado criado,
por rios que correm a mau gosto.

Nas águas dos rios cintilantes,
correm sentimentos e histórias.
Histórias de recordar e amar,
no reflexo das águas fascinantes,
escolho cristais puros e escórias.
De uma vida de encantar.

Nos calhaus dos rios esculpidos,
pela natureza bruta e selvagem,
registo momentos e memórias.
No mergulhar de corpos despidos
nado nas margens ao sabor da aragem,
que traça momentos e palavras metafóricas.

Não sei onde passeio, ou navego!
Sei que o mundo lá fora,
me guarda tristeza e alento.
Não quero este mundo cego,
onde a força e a espora,
picam cavalo de meu talento.

sábado, 2 de julho de 2011

Sentado na Escada





Sentado na escada, espero!
Um sinal de quem perdi.
Tiro do bolso o bloco que esmero.
onde esboço quem nao esqueci.

Com os traços do arrependimento,
traço teu perfil e teu sorriso.
No meu bloco, anoto o sentimento,
com letras que no caderno aliso.

Sentado no sofá da tristeza,
encosto a cabeça na almofada,
do sofrimento sem fraqueza.
Tentando não sentir a lufada.

Lufada de alegria e sonho,
que me faz sorrir e chorar.
Onde o vento e o ar tristonho,
me levam a sonhar sem acordar.

Talvez navegue na incerteza,
de nunca ter conseguido acordar.
Ou mesmo de nunca ter sentido,
a beleza do teu olhar.

Sentado na escada da entrada,
espero receber um toque ou olhar.
Quem sabe mesmo uma bofetada,
sem dor, sem toque mas de rasgar.

Uma lágrima atrevida rasga,
meu rosto, sem dó nem piedade.
Meu pensamento divaga e alarga,
ironias que não escondo da realidade.