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sábado, 26 de março de 2011

Nu...



















Saio de mim para ser eu.
Dispo os preconceitos e as ideias.
Na linha imaginária do meu,
assinalo aquilo que me vai nas veias.

Dispo-me de passados,
desnudo-me de histórias.
Na vida dos antepassados,
escondo minhas escórias.

Tenho medo que me vejam,
escondo o que não quero.
Meus lábios já beijam,
bocas que já não espero.

Acabou o tempo do mal
entendido e do bem sofrido.
Traçei para mim um final,
que guardo esquecido.

domingo, 20 de março de 2011

Sonho Meu















Quero tocar teu aroma,
sentir o olhar da tua alma.
Agarrar tua mão e passear.
Quero sentir esta força que me toma,
ficar cada vez mais forte e calma.
Teu corpo quero apreciar.

Desejo fechar os olhos e sentir,
teus lábios tocando os meus.
Teu toque gritando baixinho.
Quero dormir, sem fingir
que estes sonhos são teus.
Na minha face quero teu carinho.

Na areia molhada quero escrever,
teu nome e meu sentimento.
Na areia seca escrever teu desejo.
Com a brisa que o vento faz crescer,
quero desenhar teu pensamento
e na face quero sentir teu beijo.

Magia do Sol


















Espreito pela janela iluminada,
vejo o sol que já vai alto.
Aprecio a manhã admirada,
pela essência que me provoca assalto.

Tinha saudades de olhar,
o dia e ver seu brilho.
Tinha esperança de voltar,
a encontrar novo trilho.

Trilho de uma caminhada,
tranquila, calma e serena.
Onde sinto que a vida encantada,
me iria congratular com poema.

Pela janela volto a ver,
o cantar das aves que chegam.
Pela janela volto a ter,
lembranças que aconchegam.

Bem vindos sejam o sol e a alegria,
que este proporciona magicamente.
Bem vinda seja a fantasia,
que a Primavera lança loucamente.

terça-feira, 15 de março de 2011

Uma Noite















Guardei nos meus lábios,
o sabor da tua boca.
Dele vou fazer momentos sábios,
para não esquecer essa noite louca.

Na minha pele afinco,
desejos de momentos eternos.
Na minha essência pressinto,
sabores e dissabores internos.

Com uma noite me fizeste sonhar,
com um beijo me fizeste flutuar.
Dos momentos quero acordar,
sem pensar que estou a divagar.

Quero guardar a magia do momento,
reservar toques e cheiro.
Sentir e disfrutar o alento,
das palavras que entraram por inteiro.

domingo, 13 de março de 2011

Minha Fonte

















No mar encontro a tranquilidade,
nas ondas encontro a paz.
Na brisa fresca a simplicidade,
de tudo aquilo sou capaz.

Sou capaz de viver e amar,
viver sentindo a beleza.
Amar sem barreiras de acreditar,
sem medos ou receios da fraqueza.

È no mar que encontro respostas,
è nele que esclareço dúvidas.
Com o mar não faço apostas,
pois sei o poder dele, nas nossas vidas.

È sem dúvida o mais poderoso,
sua ira engole navios e barcos.
Sua revolta e seu grito é assombroso.
Os homens para ele são parcos.

Saudade do Calor
















Tenho saudades das tardes quentes,
dos dias longos de sol e calor.
Saudades das idas frequentes,
à praia e ao mar com seu esplendor.

Quero voltar a brincar na areia,
como criança que salta e corre.
Voltar a sentir adrenalina na veia,
como tóxico que injecta e não morre.

Saudades de ver o sol partir,
vermelho como bola de fogo.
Ver, olhar, admirar e sentir,
que o próximo dia é de jogo.

Jogo de dois corpos que bronzeiam,
como se brincassem sem pressa.
Jogo de lábios que anseiam
beijos e toque que lhe interessa.

Semente da Vida
















Caminho pelos prados da vida.
Planto campos não semeados.
Vou colhendo a semente preferida,
germinando campos encantados.

Nesta colheita que seguimos,
na vida insensata.
Vamos e  prosseguimos,
uma vida ingrata.

No momento de colher,
por vezes não acreditamos,
naquilo que foi nosso erguer.
De semente que não plantámos.

Quero acreditar que não plantei,
nem vou colher semente ingrata.
Quero dizer que não acreditei,
nesta vida insensata.

Escrever Telas



















Pinto estrelas e planetas,
escrevo prosas e poesias.
Desenho estórias repletas,
canto desejos e profecias.

Agarro frases e desejos,
transformo-os em pensamentos.
Alguns que sinto como beijos,
outros que sinto como tromentos.

Assim escrevo delícias acres.
Assim esqueço sentimentos.
Assim esqueço massacres,
ou simplesmente momentos.

Em cada nuvem que pinto saudade.
Em cada raio de sol espelho,
angústia que dá liberdade,
ou alegria que é sintonia e conselho.

domingo, 6 de março de 2011

Lutar pela vontade

Vou correr até que as pernas,
não suportem mais meu corpo.
Vou sonhar estórias eternas,
vou resistir e ser torto.

Só pararei quando me sentir,
a flutuar ou a definhar.
Correrei mas sem partir...
Amarei e irei acreditar...

Voltarei sem dúvida a esperar.
Tornarei novamente a conquistar,
tudo aquilo que me fez chorar,
tudo aquilo que me fez sonhar.

Voltarei a ter asas e voar.
Voltarei a sonhar acordado,
sem medo ou receio de amar.
Desejos serão novamente pecado.




Coração















Deixei há muito meu coração partir!
Dei-lhe liberdade para poder amar...
Há muito que não sei o que é sentir.
Não vou mais assim continuar.

Dei-lhe liberdade, sonhos e fantasias.
Ele apenas me devolveu saudade,
sonhos que se tornaram em agonias
e memórias da felicidade.

Quero agarrar meu coração
novamente e voltar a sentir.
Nele quero sentimentos de adoração,
sentimentos que não me voltem a ferir.

Sinto que o quero prender,
para depois o ensinar a voar.
Voar para onde o possam entender,
sem dúvida nele confiar.

Sabendo voar subirá mais alto,
será mais forte e resistente.
Ninguem mais o terá por assalto,
a mim, será sempre pretencente.

Primavera















Tenho saudades da Primavera,
das flores e das aves a chilrear.
Tenho saudades do mar como era,
tenho saudades de ver o Sol brilhar.

Ver os seus raios pintarem,
as nuvens e o céu de dourado.
Ver as árvores vestidas a espreitarem,
o homem que deixa o campo cultivado.

Tenho saudades de ver a andorinha,
com seu ninho na beira do telhado.
Tenho saudades da manhã fresquinha,
com o Sol aquecendo com agrado.

Quero que as cores do arco-íris,
se dissolvam nas flores do campo.
Quero nelas ver os colibris,
voando e cantando seu encanto.

Plantas
















Olho a planta que cresce,
tranquilamente no seu vaso.
Vejo nela o verde que sobe e desce,
tornando-se por vezes raso.

Todas as suas folhas viçosas,
procuram e seguem uma direcção.
Procuram o sol para serem vistosas,
seguem a luz como natural reação.

Admiro nas folhas da planta,
a harmonia em que vivem.
Juntas aguardam flor que encanta,
aliadas entre si, todas sobrevivem.

Vivem todas juntas e unidas,
dando força ao caule e á raíz.
Com elas o homem e as nações destruídas,
deveriam aprender a lição com cariz.