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sábado, 10 de agosto de 2013

Eu sou














Sou sombra da noite negra,
mar, estrela e vento.
Segredo da voz discreta,
que se diluí no tempo.

Sou água, terra e fogo,
que arde sem regra.
Quebrando a lógica do jogo,
que escrevo na pedra.

Sou areia do deserto,
sou oásis no mar e na sede.
Com palavras conserto,
o passado que nada impede.

Sou a pedra da muralha,
grão de pó e teu caminho.
Sou barco que encalha,
nas velas do moinho.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Naquela Sala

















No espelho da sala...
Ficaram marcas do teu bátom.
Ficaram sinais por apagar.
Sinais que o tempo não cala,
com todo o seu dom.
Que esquece sem lembrar.

No sofá da sala...
Ficou teu lugar vazio,
esperando por ti.
Ficou uma voz que fala,
e que nunca partiu.
E nunca esqueci...

Nessa mesma sala, pintei...
Nas paredes teu retrato.
Com cores quentes de saudade.
Com as mesmas cores desenhei,
um sentimento abstrato.
Com contornos de verdade.

Nessa sala que falo...
Recordo com nostalgia,
todos os momentos aí passados.
Recordo noites que calo,
em sonhos de fantasia,
que ficaram aí registados.

Pela janela dessa sala...
Saíram teus carinhos,
e tua ternura.
Levando na mala,
todos os teus miminhos,
sem qualquer frescura.

È nesta sala, que te espero!
Na esperança de voltares.
Continuo acreditando,
que és tudo o que quero.
Mesmo sem por isso lutares,
continuo te amando.

Um dia...
















Um dia quero olhar,
as estrelas a brilhar.
Quero nelas observar,
teus olhos a cintilar.

Ver nelas a luz...
Do teu coração.
Ver o olhar que reluz,
em toda a imensidão.

Quero olhar os astros...
Todo o sistema solar...
Onde as estrelas deixam lastro,
de fogo, que faz incendiar.

Qualquer corpo que beijaste.
Qualquer face que tocaste.
Qualquer rosto que acariciaste.
Qualque um que tu gostaste.

Um dia quero te olhar!
Ver-te a bilhar,
nesse fogo de incendiar,
que me deixa a planar.

Agarra-me e Abraça-me

















Agarra-me com teu jeito.
Abraça-me com teu calor.
Acaricia-me com teu toque.
De ti quero tudo sem direito,
de nada exigir sem amor.
De ti quero emoções sem choque.

Emoções que outrora me conquistaram,
fazendo esquecer barreiras.
Emoções que também me derrubaram,
sem entender tuas maneiras.

Quero que me envolvas,
em teus longos braços.
Que, com eles me sufoques.
Quero que neles me devolvas,
nos teus meigos abraços.
O carinho dos teus toques.

Toques de pura magia.
Que conquistam meu coração.
Toques que marcam com alegria,
qualquer sentimento de paixão.

Agarra-me pela mão.
Aperta-me com teus dedos,
entrelaçados pelo desejo.
Sente a minha decisão,
que desenha sem medos.
Tudo aquilo que cortejo.

Guia-me
















Preciso de ti, para me guiares.
Para me segir e acompanhar.
Preciso de ti, para me apoiares,
neste caminho por desvendar.

Preciso de sentir teu apoio.
Sentir tua mão e tua força.
Preciso apanhar o comboio,
que corre, como uma corsa.

Comboio que corre destemido,
pelas linhas da saudade.
Comboio que segue enforeçido,
pela razão e verdade.

Preciso de ti para me ajudares,
a sentir a realidade.
Preciso que acredites sem abandonares,
todas a minhas palavras sem vaidade.

Preciso seguir a teu lado.
Sentir teu toque de apoio.
Sem ti, sinto-me abandonado,
como campo que deixa o saloio.

sábado, 4 de maio de 2013

Temas da Manhã














Nos pássaros que cantam,
com o acordar do dia.
Envio mensagens que escondo.
Com melodias que encantam.
Escrevo temas de agonia,
que são um estrondo.

Temas que relembram,
teu olhar e teu aroma.
Temas que não esqueci,
nas pautas que se escreveram.
Relatando teu sintoma.
Nem muito menos perdi.

No chilrear das aves.
Escuto o teu sussurrar.
De quando acordavas,
perdida nas suaves,
e doce palavras de embalar.
Que negavas e não admiravas. 

Palavras Esquecidas














Procuro no vazio da saudade,
verbos que sabia amar.
Procuro na humildade,
palavras por encontrar.

Palavras que contam,
histórias por recordar.
Em diários que apontam,
dias e episódios por relatar.

Palavras bonitas, doces  e meigas.
Que conquistam a harmonia.
Com rimas simples e leigas,
sem significarem ironia.

Procuro palavras esquecidas!
Nos teus lábios quentes.
Lábios de cores coloridas,
que marcam conscientes.

Procuro no vazio da saudade!
Beijos, que roubei destemido,
sem medo da verdade.
Com um verso esquecido.

Pérolas da Manhã















Gotas de água ou pérolas?
Que se acumulam nas flores.
Gotas que o Sol quente abraça...
Lágrimas que choras,
sobre os campos e suas cores,
com tristeza e graça.

Gotas de orvalho que brilham,
no Sol ascendente da manhã.
Reflectindo o verde dos campos!
Gotas de água que deslizam,
pelas folhas e pela avelã.
Sem receio dos pirilampos.

São gotas de água virgem.
Fecundadas pelo tempo.
Que germinam o futuro.
Dum tempo que definem,
com receios do momento.
Em tempos que já nao aturo.

Gotas que correm sem pressa,
pelas folhas que escorrem.
Deixando nelas o rasto,
da água que as refresca.
Gotas que descrevem,
a sede do campo de pasto.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Beira-rio
















À beira-rio passeiam,
casais, crianças e solitários.
À beira-rio divagueiam,
com conversas e comentários.

Uns procuram sol,
outros a calmaria ou o sossego.
Alguns a luz do farol.
Como resposta ao desassossego.

É à beira-rio que correm,
andam, caminham e namoram.
Na esperança que a margem que precorrem,
lhes devolva o que ignoram.

É nas margens que passeiam.
É delas que saltam e mergulham.
Em pensamentos que anseiam,
por respostas que nao encontram.

Brisas



















O sol que reflete,
nas águas frias,
do rio por onde passeias.
Aquece a tua alma,
com brisas que te esbofeteiam.

Brisas que levam a saudade!
Fazendo cair a lágrima,
que corre de verdade.

No azul turvo de emoções.
Onde as gaivotas pescam.
Mergulhas nas sensações,
que já não se contestam.

Brisas que levam a saudade!
Fazendo cair a lágrima,
que corre de verdade.

Seguem sonhos de menina.
Que outrora foram fantasia.
Sonhos de quando era pequenina.
E ainda acreditava na magia.

Desafios do Olhar










Meus olhos desafiam...
Teus lábios de mel.
Com aromas que arrepiam.
Criança no carrocel.

Meus olhos gritam...
Por teus doces beijos.
Que apelam e agitam.
Por teu corpo e seios.

Meus olhos desafiam...
Roubar um sorriso.
Do rosto onde criam,
a esperança que preciso.

Desafiam que teu olhar,
se fixe em mim.
Com essa forma de enfeitiçar,
e todo o seu fernesim.

Meus olhos desejam apenas tocar,
com profundidade teu coraçao.
Desejando apenas acreditar.
Que embarcas na emoção.

Cacilheiro do Tejo













O velho cacilheiro...
Que atravessa o rio
e trás na proa a gaivota.
Vem lotado e cheio,
de sonhos despejados ao desafio.
Por gente que vai e volta.

Com seus tons laranja,
de cor branca.
Vai rasgando a corrente,
que se torna a canja,
duma viagem curta e franca.
Da sua travessia frequente.

O velho cacilheiro...
Que acorda pela madrugada,
e transporta o operário.
Que vem trabalhar o dia inteiro.
Transporta também gente folgada,
que vem sem qualquer horário.

Gente que procura na cidade.
Soluções para os seus problemas.
Gente que ainda acredita,
satisfazer a necessidade.
Resolver seus dilemas,
com um ritmo que se intensifica.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Sol















O Sol que acorda e desperta,
na manhã que pinta o dia.
Invade com luz que alerta,
a Primavera que se adía.

Esse Sol que pinta os mares,
com tons d' ouro e prateado.
Grita em todos os patamares,
o seu enredo criado.

Esse Sol que faz brilhar.
Os campos de verde pintados.
Traça o horizonte sem desenhar,
os perigos enfrentados.

È simplesmente o Sol dourado,
que pinta a manhã  com brisa.
Num ritmo acelarado,
que se corre e não se precisa.

Corpos















Nossos corpos tocam-se...
Incendiando o dia!
Com palavras que se focam,
em perfeita sintonia.

Nossos corpos encaixam,
com perfeita incisão!
Nos momentos que relatam,
pura imaginação e diversão.

Com nossos corpos, descobri.
O poder do envolvimento.
Que nunca construí,
sem teu real talento.

Com nossos corpos, construí,
a sede e o amor.
Dum momento que destruí,
e abandonei sem qualquer dor.

Num envolver de corpos quentes.
Marquei com sinais definidos,
todos os movimentos frequentes,
da vida oferecidos.


Meu Mel
















Dos teus lábios escorrem mel.
Mel, que anseio saborear.
Sentindo o sabor cruel,
que se faz adivinhar.

Mel que faz adocicar,
tua pele e teu corpo.
Aroma que faz divagar,
com certeza de conforto.

Doce que me sacía...
A mim e minha alma.
Doce que me delicía,
com toda a calma.

Mel que saboreio com tempo.
Nunca esquecendo teu doce.
Mesmo em passatempo,
que julgo precoce.

Mel que me conduz,
em linhas doces vividas.
Não esquecendo como seduz,
com palavras esquecidas.

Mel que traça a emoção.
Do corpo que é tocado.
Mel que relata a sensação,
do amor que é focado.

Na Lua
















A Lua transmite saudade.
As estrelas, cantam as noites.
Os astros, indicam a verdade,
e relatam dias afoites.

Com o amarelo, pinto o luar.
Com os astros, pinto o universo.
Sem a lua, não podia duvidar,
dos sinais que dizem o inverso.

Com a lua que transmite,
a viagem pelos planetas.
Defino todo o convite,
que escrevo com canetas.

È na lua, que vejo teu olhar.
É nas estrelas, que busco certezas.
São nos astros que marco, amar,
sem receios e tristezas.

Gotas d' Orvalho














Por entre gotas de orvalho.
Que escorrem por folhas secas.
Construo sem trabalho,
rimas que roubo em bibliotecas.

Construo versos e poesias,
que relatam histórias.
Sem medos e ousadias,
onde, registo memórias.

Por entre gotas de orvalho.
Que traçam e se registam,
sem qualquer atalho.
Marco  folhas que se conquistam.

São as gotas que marcam!
Com a sua cadência,
as rimas que relatam.
A tua existência.

Desejos























Nas águas que refletem,
o pensamento partilhado.
Corrêm sonhos que se repetêm,
e se prendem no desejo algemado.

Desejos algemados pela necessidade.
Algemados pela esperança.
Desejos de muitas verdades,
que desafiam a mudança.

Desejos que as águas destemidas,
levem consigo as ansiedades.
Que embarcam sentidas,
no tempo sem vaidades.

Desejos que todos queremos.
Com sede do amanhã.
Desejos que não vivemos,
nem confessamos à nossa irmã.

Fogo de Artifício
















Os desenhos de fogo e luz.
Que rasgam as nuvens e o céu.
Espalham o olhar que traduz,
a esperança atrás do véu.

Espalham o olhar,
e a vontade de mudar.
Nunca deixando de acreditar,
que é possivel amar.

São os raios de luz....
Que escrevem no céu,
a vontade que seduz.
E se tira o chapéu.

São eles que marcam,
a mudança do Ano.
São eles que traçam,
destinos sem engano.

Convites













Desafias-me com convites,
que não acredito sinceros.
E se tornam dinamites,
que me destroiem severos.

Convites que me levam a sonhar.
Desejando poder acreditar,
nas vontades que me levam a lutar.
Por palavras que insisto duvidar.

Convites que em tempos desafiei.
Com esperanças que me iludiram.
Convites que nunca aceitei,
com pensamentos que me dividiram.

Convites, que desejo ouvir.
Da tua doce boca de mel.
Convites que me fazem partir,
desejando teu anel.


Mundo

Com pensamentos de esperança.
O povo embarca com fé.
No novo ano que sem confiança,
trás a dúvida que bate o pé.


Dúvida que se instala,
com certezas por viver.
Num Mundo que não se iguala,
com circunstancias do vencer.



No Mundo que teima e insiste,
dividir as classes sociais.
Num Mundo que persiste,
nas diferenças sem iguais.

Num Mundo que se apresenta,
sem leis e com injustiças.
Para todos aqueles que acrescenta,
um futuro com formas postiças.

A Chuva leva...

















A chuva que bate na janela,
sem medo do novo ano.
Que trás aquela,
mensagem sem engano.

Mensagem de esperança,
que traduz confiança.
Sem qualquer mazela,
que marca a sequéla.

Com a chuva que cai,
e apaga o passado.
Acredito na palavra que sai,
dum momento exitado.

Com as gotas que caiem!
Apago memórias do passado.
Sem as palavras que saiem,
esqueço o momento lembrado.

Luz













Foi a noite mais linda!
Aquela que deu mais luz.
Foi na noite que ainda,
te escrevi o verso que te seduz.

Nas estrelas que brilham,
estudo teus gestos.
Leio palavras que adivinham,
os  teus protestos.

Foi na noite vadia!
Que despi minha alma.
Foi com toda a alegria,
que aceitei tua calma.

Foram noites e dias.
Semanas e tempestades.
Com diversas realidades.