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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Não te esqueci!



















Na minha face escorrem,
lágrimas de solidão.
Nos meus olhos guardo nostalgia.
Os dias passados, esses correm...
Sem esquecer a paixão,
de um amor que não foi fantasia.

Queria olhar e ver!
Queria chamar e ouvir.
Queria cantar e sentir...
Sentir sem pensar perder,
aquilo que um dia me fez sorrir,
sem de meu coração partir.

Olho a miúda que passa...
Nela espero encontrar,
o teu sorriso ou teu olhar.
Agarrar tua sombra devassa,
prender sem mágoa ou atar,
um corpo que faz sonhar.

Quero sussurrar baixinho,
dizer-te ao ouvido o que sinto.
Não mais vou arriscar,
esconder este fraquinho!
Que declaro e não minto!
Sobre esta forma de te amar.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Emoções

Num borbulhar de emoções,
relembro emoções vividas,
há um ano. Embora sensações,
atravessadas por intrigas.

Não quero recordar falhas,
não quero recordar sofrimento.
Quero que não esqueças palhas,
onde deitei este sentimento.

Dos teus lábios faço recordações,
da tua boca momentos.
Desejo-te com orações,
que anseiam meus averbamentos.

Foste a lua e o sol!
Tudo perdi em virtude,
de atitudes sem prol,
de uma vida sem plenitude.






Machado de Letras

















Agarro o machado das letras,
sem saber onde irei parar.
começo a rachar palavras obsoletas,
sem destino nenhum encontrar.

Corto paus, traço barras!
Esfaqueio sílabas...
Solto deste navio as amarras,
para que parta destas ciladas.

Aos poucos de machado na mão,
vou esculpindo troncos e palavras.
Vou dando forma em vão,
aquilo que tu gravas.

Com tempo agarro as rachas,
coloco-as em montes.
Faço deles versos que achas,
inspirados em suas fontes.

Pouso o machado no chão.
Passo as cordas envolta,
dos montes que fiz á mão.
Ato-os com forte laçada sem volta.

Volto a juntar tudo!
A escultura ganha forma...
As rachas são sobretudo,
as linhas que a caneta entorna.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Escrita



















Com grito insensato e baixinho,
agarro as flores que me presentei-as.
De tuas mãos só quero o carinho,
que nelas transmites e presentei-as.

És fonte de energia,
de luz e antologia.
És escrita com magia,
que atrai minha psicologia.

Quero ouvir tuas pautas.
Nelas escrever músicas.
Escrever meus defeitos e faltas,
para que as oiças como únicas.

A música é bela quando chorada.
Os sentimentos são fantásticos,
quando transmitidos nesta charada,
que é a vida de artistas bombásticos.

Desejo

Quero tocar as águas cintilantes,
nelas traçar o rosto do desejo.
Nas transparências alucinantes,
ver bocas que beijo.

Sou o mar e o sal,
sou fantasia do teu olhar.
Que abraça o sol sem mal,
desejando abraçar o mar.

Na areia escrevo sonhos.
Nas rochas gravo desejos,
de pesadelos medonhos,
dos quais acordo com bocejos.

Nos campos secos e áridos,
do Verão quente e tórrido,
esqueço pensamentos irados,
que apelo de um momento sórdido.

Amigos

















São como pérolas que os preservo.
São as sementes que fui cultivando,
ao longo desta caminhada finita.
Nesta luta incompreendida observo,
o que a vida nos vai dando.
Ajudando a acumular amizade infinita.

As pérolas são meus amigos,
aqueles que a vida me presenteou!
Conhecer e ter a capacidade de entender.
Eles são de meus estágios abrigos,
são as emoções que vida me galanteou,
com atitudes de agradecer.

Agradeço a cada um deles,
a confiança em mim depositada.
Retribuo a todos com gratidão!
Mas abençoou todos e quaisquer um deles,
pela forma linda e apaixonada,
que me fazem sentir a vida sem maldição.

É lindo viver, mais lindo é caminhar.
Fazer um percurso só mas acompanhado,
é sinónimo de ousadia.
Mas viver sem definhar,
é conduzir o destino empenhado,
no cultivo da amizade sem fantasia.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Orvalho na Face
















Nas folhas verdes escorrem,
as tímidas gotas de orvalho.
Declarando simpatia e sentimento.
Na face triste correm,
sentimentos pelos quais falho,
manifestando meu pensamento.

Na timidez de uma resposta,
escondo palavras que meu coração,
declara e grita por ser ouvido.
Na timidez da vida oposta,
tento esquecer sentimentos de doação.
Doando uma vida e um olhar vivido.

Nas gotas de orvalho matinal,
dissipo lágrimas choradas,
por momentos vividos com dor.
Não uma dor criada fenomenal,
pela tua distância ou pelas tuas charadas.
Mas sim por momentos de terror.

Terror de uma vida absorvida,
pelos mais de trinta anos.
Escondendo horrores que vivi.
Não culpando este amor da vida,
como uma causa de franciscanos.
Que oram sua ideologia que esqueci.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Sons da Vida
















Toco piano com as palavras,
toco  flauta com os desejos.
Escrevo músicas em campos que lavras,
faço pautas com teus beijos.

Nos campos arados por bois,
semeio sonhos e fantasias.
Dos campos semeados com gira-sois,
colho vontades e alegrias.

Da música palreada por vozes,
estranhas, guardo memórias.
De versos que considero atrozes,
mas de uma beleza sem escórias.

Fui músico e cantei...
Fui guitarrista e sonhei...
Sonhei com tudo aquilo que amei,
sem arrependimentos que orei.

Para ti

















Descobri em ti uma esperança.
Nos teus olhos vi a luz.
Do teu toque guardo lembrança.
No teu cheiro aquilo que te traduz.

Mesmo antes do colar,
dos nossos lábios, senti!
Aquela faísca a me incendiar,
pelo calor que acendeu por ti.

Es meiga, querida e doce.
és polen, arvore e flor.
Es creme e molho agridoce.
de ti quero fazer meu amor.


Se Pudesse..

Se pudesse despia minha alma,
voltava-a ao avesso.
Para que visses com calma,
tudo aquilo que confesso.

Se pudesse pintava o mar,
com as cores do meu amor.
Para que tu pudesses exclamar,
sentimentos sem dúvida ou tremor.

Se pudesse apanhava...
As estrelas com uma mão,
e colocava-as no teu coração.

Agarrava a lua escondida,
timidamente nas nuvens escuras.
Limpava-lhe a lágrima escorrida,
para dela fazer tuas curas.

Curava o teu olhar,
terno doce e meigo.
Curava teu coração, para cantar,
música linda ou verso leigo.

Se pudesse roubava...
As estrelas com uma mão,
e colocava-as na tua oração.

Fazia de ti estátua ou monumento.
Fazia do nosso amor mito.
Colocava-o em andamento,
com a força de um grito.

Perfume
















Hoje entrei no carro e senti,
o cheiro do teu aroma.
Deixado pela tua presença.
Imaginei-me junto de ti,
desmaiei e caí em coma.
Sonhando por uma crença.

Crença, para tocar teu rosto,
abraçar tua silhueta,
e colar meus lábios no teu mel.
Queria te mostrar que aposto,
em nosso amor sem qualquer meta,
que não vais voar como borboleta.

Poderás ser a borboleta do meu jardim.
Não aquela que voa e não volta.
Mas sim aquela que paira no ar,
que me rodeia perto de mim.
Chega de carpir reviravolta,
vem beija-me e deixa, te amar.