Reservados os direitos de autor.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Voa Baixinho


















Pássaro azul que voa baixinho,
tocando as plantas e aromas.
Assim vai seguindo seu caminho,
e espalhando seus cromossomas.

Voa sem tocar o vento,
num bater de asas parado.
Vivendo no ninho ao relento,
vai lavrando campos arados.

Ai se eu pudesse voar...
Como este pássaro, esta ave.
Também poderia sonhar,
notas de musica em enclave.

Ai se eu pudesse bater as asas...
Voava sem parar no ar.
Subia telhados e casas,
para teus lábios poder beijar.

Com as cores das penas,
pintava humor e sorrisos.
Desenhava carinho e cenas,
de amor, sem de elas intuirmos.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Melodia do Amor

Canto momentos de alegria.
Sonhos e dias de ilusão.
Espero noites de fantasia,
cantadas pela musica do coração.

Música e letras sem destino,
palavras e rimas que canto.
Umas com sentido, outras sem tino,
assim vou desenhando meu encanto.

Canto a alegria de viver,
a vontade de te ter.
Escrevo melodias do ser,
vontades de ter e querer.

Deixa-me mergulhar no teu coração.
Deixa-me sentir e amar,
esta linda paixão.
Deixa-me viver a cantar.

Nesta tela vou pintar meu amor





Quero sussurrar ao teu ouvido,
todos os meus pensamentos,
todas as palavras belas.
Quero te dar este coração que divido,
entre,  sonhos, desejos e momentos.
Que vou registando nas estrelas.

Na lua acabada de nascer,
pinto os traços do teu sorriso.
No brilho das estrelas que vejo,
o esplendor dos teus olhos a crescer.
Nos raios de sol,  oiço teu riso,
envolvendo os lábios que te beijo.

Quero nesta tela pintar,
sentimentos que não te consigo
passar e fazer entender.
Com todas as cores traçar,
as mais belas emoções que sigo.
Para que nelas possas este amor ler.

Gostava de poder desenhar,
nas paisagens floridas,
nossos corpos envolvidos em paixão.
Queria viver e sonhar,
que as nossas almas envolvidas,
jamais iriam viver a separação.

No céu azul com nuvens brancas,
quero pintar teu rosto.
Nos campos verdes, anotar,
memórias, desejos e lembranças.
No horizonte dourado de Agosto,
quero desenhar o ser que continuo a amar.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Vento



















Sou vento sem forma e luz,
vento que acarinha teu rosto.
Brisa que empurra vela, 
de barco que navega,
nas águas a teu gosto.

Ai se fosse Vento...
beijava teus lábios,
abraçava teu corpo.

Sou Vento calmo e sereno,
que navega na tua pele,
lambendo e bebendo 
o aroma do teu fel.

Ai se fosse Vento...
apertava teu corpo,
junto do meu.

Sou vento forte e suave,
que sopra baixinho.
Tocando bem devagar,
com todo o carinho.

Ai se fosse Vento...
desviava as nuvens
e empurrava o céu.

Sou vento que caminha,
sobre a água do mar.
Saltando de poça em pocinha,
mergulhando no teu olhar.


A Alma



Rasgo minha alma aos pedaços.
Corto nela as veias que sangram,
sem estancar suas feridas por sarar.
O coração que outrora entreguei com laços,
hoje seus pedaços engendram,
mitos e gritos por chorar.

Chorarei até que a voz me doa.
Das lágrimas farei pó e pedra,
para calcetar a estrada da vida.
Neste barco que parte ondas à toa,
levo minha esperança como oferenda,
a todos os deuses desta corrida.

Corto meu coração em fatias,
para entregar a vampiros.
Sedentos de carne e sangue.
Das veias jorram euforias,
que seco com brasas e papiros.
Esperando que esta agonia estanque.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Tempestade
















Nunca pensei amar assim,
sentir algo tão forte.
Por alguém que me magoa sem fim.
Terá sido azar ou sorte?

Terá sido magia ou feitiço,
todo este sentimento gigantesco?
Meu corpo magoado e já postiço,
quer dominar este ser brutesco.

Que entrou e dominou,
meu respirar e minha pulsação.
Como vírus forte que contaminou,
toda a alma em petrificação.

Sinto-me árvore seca sem flor,
campo seco, árido sem água.
Sinto-me caco sem cor,
flor sem pólen, criança com mágoa.

Tempestade avassaladora,
que devastou este jardim.
Onde foste agricultora.
Hoje és pedaço de mim.

Queria deste jardim varrer,
todas as folhas secas e caídas.
Para nele voltarmos a correr,
andar e cheirar plantas floridas.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Minha Obra

Como pássaro que voa,
de galho em galho.
Como história dita a toa,
vou seguindo este atalho.

Como folhas lidas e rasgadas.
vou ditando meu livro.
Com páginas escritas e apagadas,
vou-me escondendo neste abrigo.

Abrigo de uma vida esquecida,
onde registo histórias alegres,
de uma vida aquecida,
por archas tristezas de bisegre.

Nas páginas desta obra,
escrevo sinais de fantasia.
Que oculto com pele de cobra,
para esconder esta agonia.

O Mar




















Aqui todo o ser mais forte,
fica diminuto e fraco.
O poder das ondas de grande porte.
Arrasta tudo com seu  arco.

Neptuno é Deus e é Rei.
Com ele o humano é brinquedo.
Aqui a natureza é a lei.
Aqui é o mar quem dispara torpedo.

Perante o mar revolto,
com ondas monstruosas,
encontro a paz e volto,
a esquecer noites tortuosas.

É no mar e no oceano,
que me reencontro.
Embora perdido à mais de um ano,
num caminho que não encontro.

Na espuma branca nascem,
monstros, iras e sonhos.
Nos urros das ondas crescem,
esperanças e os pensamentos mais tonhos.

Nesta imensidão tenho a paz.
Aqui me sinto em casa.
Perante estas forças sou capaz,
de viver ou voar sem asa.

Para mim, Deus é este.
Para mim, este é o Mar.
Seja a Sul, Este ou Oeste,
é aqui que consigo sonhar.

Lágrimas de Deus
















Lá fora a chuva cai,
lentamente e suavemente.
Ás vezes bate e sai,
escorrendo pela vidraça suavemente.

Sinto bater na janela,
como gente que anuncia,
sua chegada. Dele ou dela.
Cantando e rindo sua cortesia.

Atrás das nuvens a lua
se esconde, ocultando seu sorriso.
Numa brincadeira que é tua,
a chuva esconde seu riso.

As estrelas outrora brilhantes,
perderam seu brilho e sua cor.
Delas guardo histórias hilariantes,
de um Verão alegre sem dor.

Hoje está frio, a noite triste!
O escuro da noite infame,
oculta o dia que partiste.
Sem qualquer guerra ou vexame.

Reúno a chuva, o frio,
a tristeza e a solidão.
Para relatar histórias que crio,
em dias de tormento e sofri-dão.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Ser Feliz

A felicidade está no ser.
Está na nossa alma.
Ser feliz não é, ter.
Mas sim viver com calma.

Ser feliz não é querer,
é sim, poder sentir.
Ser feliz é correr.
È partir mesmo sem ir.

Encontrar a felicidade,
é abraçar as nuvens.
É ser velho e ter mocidade.
É viver o rio e suas margens.

Ser feliz é tocar as estrelas,
cheirar os aromas das brisas.
É chorar alegrias, sem te-las.
É escrever sentimentos que frisas.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Tua Voz

















Tento ouvir no silêncio,
um grito da tua voz.
Ler no escuro abstracto,
as páginas deste compêndio.
Onde escrevi esta dor atroz,
que me consome sem trato.

Por vezes penso e anoto,
as alegrias, outras as mágoas,
desta vida de renome.
Tento notar, mas não noto,
qualquer diferença das fábulas,
nesta farsa que me consome.

Rasgo páginas e folhas.
Apago e volto a escrever.
Na ira grito e risco.
Na esperança daquilo que olhas.
Na expectativa de voltar a acontecer.
Na esperança de ouvir esse disco.

Gostava, não,é pouco. AMAVA.
Poder voltar a adormecer,
no silêncio dos teus braços.
Poder ter a musica que escutava,
que meu coração fazia estremecer,
enquanto divagava nos teus amaços.