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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Chave do Meu Baú

Recordo na minha mente,
cada traço do teu corpo,
cada curva, cada sinal.
Meu coração já não sente,
a luz desse anti-corpo,
que fez de ti principal.

As ondas do mar salgado,
há muito apagaram,
as pegadas por ti deixadas.
As brisas levaram deste morgado,
as sementes que secaram.
Hoje cultivo memórias apaixonadas.

Sei e reconheço teus olhares.
Guardo teu sorriso,
tuas palavras.
Delas faço familiares.
No meu baú fechado e preciso,
guardo tuas gargalhadas.

Não te guardo rancor.
Hoje faço de ti o sol,
numa manhã cinzenta.
Agradeço sem pavor,
tudo aquilo que fizeste em prol,
desta minha vida avarenta.

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