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domingo, 24 de junho de 2012

Não, não digas nada!














Não, não digas nada!
Cala-te e esconde em ti,
a revolta que te apaga.
Não demonstres o que sentes por mim.

Guarda para ti esse olhar.
Que me fere e mata.
Sê egoísta sem falhar.
Reserva para ti essa sonata.

Sonata que cantas irada,
cheia de certezas erradas.
Conjugação de verbos fiada,
que transmitem dores de facadas.

Não, não digas nada.
Deixa que minhas palavras,
te toquem na alma enfeitiçada.
Deixa que a voz com que lavras.

Salte e cante entre sílabas,
que soltas descuidada.
Deixa que histórias ilibadas,
te contem a versão acabada.

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