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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Machado de Letras

















Agarro o machado das letras,
sem saber onde irei parar.
começo a rachar palavras obsoletas,
sem destino nenhum encontrar.

Corto paus, traço barras!
Esfaqueio sílabas...
Solto deste navio as amarras,
para que parta destas ciladas.

Aos poucos de machado na mão,
vou esculpindo troncos e palavras.
Vou dando forma em vão,
aquilo que tu gravas.

Com tempo agarro as rachas,
coloco-as em montes.
Faço deles versos que achas,
inspirados em suas fontes.

Pouso o machado no chão.
Passo as cordas envolta,
dos montes que fiz á mão.
Ato-os com forte laçada sem volta.

Volto a juntar tudo!
A escultura ganha forma...
As rachas são sobretudo,
as linhas que a caneta entorna.

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