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sábado, 11 de dezembro de 2010

Tempestade
















Nunca pensei amar assim,
sentir algo tão forte.
Por alguém que me magoa sem fim.
Terá sido azar ou sorte?

Terá sido magia ou feitiço,
todo este sentimento gigantesco?
Meu corpo magoado e já postiço,
quer dominar este ser brutesco.

Que entrou e dominou,
meu respirar e minha pulsação.
Como vírus forte que contaminou,
toda a alma em petrificação.

Sinto-me árvore seca sem flor,
campo seco, árido sem água.
Sinto-me caco sem cor,
flor sem pólen, criança com mágoa.

Tempestade avassaladora,
que devastou este jardim.
Onde foste agricultora.
Hoje és pedaço de mim.

Queria deste jardim varrer,
todas as folhas secas e caídas.
Para nele voltarmos a correr,
andar e cheirar plantas floridas.

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