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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A Alma



Rasgo minha alma aos pedaços.
Corto nela as veias que sangram,
sem estancar suas feridas por sarar.
O coração que outrora entreguei com laços,
hoje seus pedaços engendram,
mitos e gritos por chorar.

Chorarei até que a voz me doa.
Das lágrimas farei pó e pedra,
para calcetar a estrada da vida.
Neste barco que parte ondas à toa,
levo minha esperança como oferenda,
a todos os deuses desta corrida.

Corto meu coração em fatias,
para entregar a vampiros.
Sedentos de carne e sangue.
Das veias jorram euforias,
que seco com brasas e papiros.
Esperando que esta agonia estanque.

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