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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Infância











Ontem era uma falsidade,
hoje tento ser eu.
Em tempos passados sofri.
Mesmo sabendo que existia felicidade,
que o escuro não era breu,
muito menos a vida que perdi.



Não quero olhar o passado,
quero erguer a cabeça,
e ver o futuro ou mesmo o presente.
Não penso em destino traçado,
ou muito menos nesta peça
que teatro de vida consente.
Ou que passado não é abraçado.

Tenho pena deste mundo,
do qual escrevo com receio,
de ser poço sem  fundo.

Olho atrás, que vejo?
Ninho sem ovos, fruta sem flor!
Ou mesmo doce salgado.
Mundo com amor sem beijo,
paixão com alegrias e dor.
Ou mesmo curral sem gado.

Em tempos perdi meu rebanho,
perdi minhas ovelhas,
perdi quem as guiava.
Nas águas em que tomei banho,
hoje conto histórias velhas.
De um passado que fantasiava.


Tenho pena deste mundo,
do qual escrevo com receio,
de ser poço sem  fundo.

Sonhei vidas e futuros.
Sonhei histórias de fadas,
ou mesmo contos de fantasia.
Em contos sonhados, hoje obscuros,
tento encontrar vidas sonhadas,
e histórias contadas.

Será dor, receio ou medo!
Isto que guardo dentro de mim.
Desta vida que relato.
Que todos apontam com dedo,
e julgam sem fim,
este meu lado lato.

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